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Tendências do e-commerce: conheça as 15 principais para 2024

O movimento de digitalização nos últimos anos levou a diversas transformações no comportamento do consumidor e nas estratégias adotadas pelos negócios para atender às necessidades dos clientes — o crescimento do e-commerce foi resultado disso.

De acordo com o relatório Global Payments Report, divulgado pela Worldpay from FIS, as vendas do e-commerce no Brasil devem avançar 95% até 2025.

Essa adesão às compras online é explicada por alguns motivos, de acordo com o estudo Tendências do Varejo 2024, do Opinion Box:

  • preços melhores (63%);
  • conveniência de comprar e receber em casa (53%);
  • poder comparar os preços de várias lojas (49%);
  • melhores formas de pagamento (29%).

Para aproveitar esse cenário de alta do varejo online e impulsionar suas vendas no próximo ano, é essencial ficar por dentro das principais estratégias e tendências do e-commerce.

Neste conteúdo, separamos 15 tendências do e-commerce para você conhecer e fazer o seu planejamento estratégico para 2024. Olha só!

1. Omnicanalidade

E-commerce ou loja física? Apesar de 46% dos consumidores preferirem fazer compras online, 36% não abrem mão de um formato em razão do outro — é isso que aponta o relatório do Opinion Box.

Nesse sentido, o varejo omnichannel é uma tendência que tem se consolidado ano após ano, principalmente no cenário pós-pandemia. O mesmo estudo indica que 77% dos clientes gostam que lojas físicas e virtuais estejam integradas.

Para atender à demanda por uma experiência mais prática e fluida entre diferentes canais de vendas, os comércios estão apostando em soluções como a prateleira infinita e a modalidade de entrega Click & Collect.

Assim, é possível oferecer mais flexibilidade para o consumidor e evitar a perda de vendas por ruptura de estoque, por exemplo.

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2. IA generativa

A Inteligência Artificial (IA) foi a tecnologia da vez em 2023 e a tendência é seguirmos vendo os seus impactos no e-commerce no próximo ano, especialmente com a aplicação de IAs generativas, como ChatGPT e Midjourney, capazes de criar conteúdos autonomamente.

Atualmente, já temos cases de uso da IA generativa para produção de comunicações em texto e imagens, otimização de campanhas pagas, criação de conteúdos otimizados para SEO e até mesmo automatização do atendimento ao cliente.

3. Hiperpersonalização

Falando em IA, outra tendência do e-commerce para 2024 é o uso da tecnologia para oferecer uma experiência de compra cada vez mais personalizada para o cliente, por meio de recomendações inteligentes.

72% dos consumidores esperam que as empresas saibam reconhecê-los como indivíduos únicos e identificar seus interesses, de acordo com o Opinion Box.

A partir do aprendizado contínuo dos mecanismos de IA, é possível aprofundar o conhecimento sobre os comportamentos e preferências do consumidor, de forma a sugerir os melhores produtos, ofertas e benefícios para a sua jornada.

Isso é útil para aumentar a conversão em vendas do varejo online e também otimizar as estratégias de cross selling e up selling dos negócios.

4. Social commerce

Ano após ano, não há como negar a influência que as redes sociais, como Instagram e Facebook, exercem na decisão de compra dos consumidores.

Um estudo da Bornlogic mostra que 65% das pessoas costumam pesquisar por produtos nas redes sociais e 26% utilizam esses canais para fazer compras. Esse panorama deu origem à estratégia de social commerce.

O objetivo é criar ambientes colaborativos onde os usuários possam interagir com a marca, compartilhar opiniões e avaliações, e também comprar. Para colocar essa estratégia em prática, algumas ações recomendadas são:

  • produzir conteúdos relevantes para o seu público;
  • interagir com os consumidores, incentivando-os a compartilharem suas experiências e opiniões;
  • utilizar as ferramentas voltadas para vendas dentro das próprias plataformas, como o Instagram Shopping e a loja do Facebook;
  • otimizar o SEO para redes sociais.

5. Entrega expressa

Considerando que o prazo de entrega é um dos fatores decisivos para a compra online, a busca por agilidade e praticidade também tem impulsionado o mercado de envio expresso.

Nesse contexto, destaca-se a modalidade de entrega no mesmo dia. Já oferecida por grandes varejistas, como marketplaces e apps de delivery, a tendência é que essa estratégia seja adotada por cada vez mais e-commerces.

Para se ter uma ideia, de acordo com um levantamento da Statista, é esperado que o mercado de entrega no mesmo dia alcance o valor de US$ 14,9 bilhões em 2024.

6. Mobile commerce

Uma tendência do e-commerce que está se consolidando ano após ano é o mobile commerce, ou m-commerce.

Esse tipo de comércio consiste na venda e compra de produtos através de dispositivos mobile, como tablets e smartphones, podendo ser realizadas pelo navegador dos aparelhos, aplicativos de lojas virtuais ou redes sociais.

Segundo pesquisa da Conversion, quase 70% dos brasileiros acessam sites de e-commerces utilizando celulares ao invés do computador. Nesse sentido, é fundamental ter um site responsivo, além de pensar em investir nas redes sociais ou até mesmo em um app próprio da marca.

7. Compras por voz

Uma tendência de mercado para os próximos anos é o voice commerce, ou seja, o uso de assistentes virtuais, como Alexa, Siri e Google Assistant, para a compra de produtos e serviços online.

Segundo uma pesquisa da Ilumeo, o uso de assistentes de voz cresceu 47% no Brasil durante o período da pandemia. Para completar, 63% dos entrevistados afirmam que é comum falar em voz alta com um sistema operacional.

Essa oportunidade pode ser aproveitada para aumentar a visibilidade e as vendas da sua loja virtual, aparecendo nos primeiros resultados das pesquisas por voz feitas nessas tecnologias.

Para isso, é importante trabalhar o SEO do e-commerce e também otimizar o site para permitir uma navegação fluida em dispositivos móveis.

8. Realidade Aumentada

Em linha com a tendência de omnicanalidade que já citamos, uma tecnologia que tem revolucionado o comércio eletrônico é a Realidade Aumentada (RA).

Ao permitir que o usuário interaja com os produtos virtualmente antes de adquiri-los, a RA oferece uma melhor experiência ao cliente, ajudando-o a fazer compras mais assertivas no e-commerce.

Com um aplicativo de RA, por exemplo, o cliente pode visualizar como um par de óculos ficaria no seu rosto antes de comprá-lo no site. Isso proporciona mais segurança para a pessoa fazer a compra e aumenta as chances dela ficar satisfeita com o produto recebido.

9. Pagamentos por Pix

A busca por praticidade e agilidade por parte dos consumidores também tem se refletido nos métodos de pagamento utilizados para suas compras.

Nos últimos anos, temos presenciado a consolidação do Pix, amplamente aderido pelos consumidores e pelos e-commerces. Para se ter uma ideia, na Black Friday 2023, o pagamento instantâneo somou 30,7% das compras durante o evento.

Isso se deve principalmente à compensação imediata das transações por Pix, assim como ao uso da modalidade de pagamento como uma estratégia promocional pelos varejistas.

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10. Marketplaces

Bastante conhecido pelos consumidores online, o marketplace também é uma tendência crescente no e-commerce. Funcionando como um “shopping virtual”, esse modelo de negócio tem revolucionado o comércio eletrônico.

90% dos entrevistados em pesquisa do Opinion Box disseram fazer compras em marketplaces. Dessa forma, a alta procura por produtos nos marketplaces tem aumentado a quantidade de empreendedores que buscam administrar ou vender nessas plataformas.

Para quem pretende empreender no digital, vender em marketplaces surge como uma possibilidade de começar com menor investimento inicial, público diversificado e maiores oportunidades de vendas.

11. Sustentabilidade

Não podemos deixar de citar como tendência do e-commerce e de todo o mercado a pauta de sustentabilidade, baseada na necessidade de reduzir o impacto das atividades humanas no meio ambiente.

Essa é uma preocupação que tem transformado os hábitos de consumo das pessoas globalmente e que também tem sido cobrada das marcas, independentemente do setor de atuação.

Para trabalhar esse pilar no e-commerce, algumas práticas muito utilizadas têm sido reduzir a geração de descartes, utilizar embalagens biodegradáveis e contar com fornecedores ecologicamente responsáveis.

Nesse sentido, um modelo de negócio que está em amplo crescimento é o recommerce, também conhecido como comércio reverso, que nada mais é do que a compra e venda online de produtos de segunda mão.

A estratégia tem sido utilizada sobretudo nos setores de moda e eletrônicos, sendo que um grande case de sucesso é o marketplace Enjoei, onde os consumidores podem anunciar e vender roupas, calçados e acessórios usados.

12. Retail Media

Já consolidado em países como os Estados Unidos, o Retail Media tem se tornado uma tendência também no Brasil.

O objetivo da estratégia é exibir anúncios em espaços oferecidos por varejistas — seja grandes marketplaces ou sites de nicho, como drogarias e perfumarias — em seus canais de vendas, como sites e apps.

O grande diferencial do Retail Media é a possibilidade de impactar o consumidor no momento em que ele já está pronto para tomar uma decisão de compra.

Além disso, a estratégia utiliza dados primários da base dos varejistas, ou seja, informações cujo uso os clientes já consentiram na hora de se cadastrar. Com isso, o Retail Media se posiciona como uma alternativa estratégica para o fim dos cookies de terceiros no Google.

13. Experiência self-service

Como mencionamos mais acima, a IA tem sido muito utilizada para automatizar o atendimento ao cliente, permitindo que eles interajam com chatbots ou assistentes virtuais para tirar suas dúvidas e receber sugestões personalizadas.

Essa é uma maneira de proporcionar uma experiência self-service ao consumidor, para que ele possa encontrar as informações necessárias por conta própria.

Assim, ele pode tomar sua decisão de compra com mais agilidade e assertividade, sem ter que entrar em contato com o suporte humano da loja.

Outras soluções para possibilitar essa experiência mais autônoma são conteúdos completos na página de produto, recursos de RA, provador virtual, catálogo de cores e tabela de medidas, por exemplo.

14. Serviços de assinatura

Os serviços de assinatura são mais uma modalidade que se popularizou muito nos últimos anos e segue sendo tendência no e-commerce.

Esse é um modelo de negócio que consiste na venda recorrente de produtos ou serviços. Nele, o cliente se compromete a realizar um pagamento periódico e recebe a solução, de acordo com o plano escolhido.

Produtos comuns de serem comercializados dessa forma são cursos EAD, serviços de streaming e os chamados clubes de assinatura, que são kits de produtos como maquiagens, livros, bebidas e produtos para animais de estimação.

A estratégia ajuda a reduzir a inadimplência, fidelizar os clientes e criar uma receita recorrente e previsível para a empresa, contribuindo para uma gestão financeira mais saudável.

15. Pagamentos invisíveis

Por último, mas não menos importante, os pagamentos invisíveis são uma tendência que também tem crescido nos últimos anos no e-commerce. Eles acontecem de forma praticamente imperceptível para o cliente, reduzindo os atritos no processo de compra.

Na prática, isso é oferecido por meio de pagamentos recorrentes, recursos de compra com um clique, lojas autônomas e tags veiculares, por exemplo.

Para entender a adesão dos consumidores a essa tendência, o relatório E-commerce Trends 2024 do Opinion Box aponta que:

  • 41% deixam os seus dados de pagamento salvos quando é oferecida essa possibilidade;
  • 36% utilizam o recurso de compra com um clique para agilizar seus pedidos;
  • 19% agendam compras recorrentes para que elas aconteçam automaticamente.

Para oferecer essas soluções no e-commerce, é preciso contar com uma plataforma de pagamentos como o Pagar.me, que oferece uma infraestrutura completa para vender online com alta conversão e segurança.

Dentre as funcionalidades do Pagar.me, estão pagamentos por cartão de crédito, boleto e Pix, compra com um clique, checkout transparente e sistema antifraude integrado.

Em conclusão, os últimos anos foram marcados por profundas transformações no varejo e nos hábitos de consumo da sociedade, o que continuará se refletindo diretamente no comércio eletrônico através dessas tendências.

Por isso, é indispensável acompanhar as tendências do e-commerce para atender às necessidades do público e manter o seu negócio relevante e atrativo no mercado.