O marketplace é um modelo de negócio que traz recursos muito úteis para as empresas e marcas que vendem na internet, auxiliando no aumento de vendas. E, caso você não saiba, marketplace e e-commerce não são a mesma coisa, apesar de pertencerem ao mesmo universo.

Marketplace: o que é, como funciona e quais as vantagens de estar em um
Marketplace: o que é, como funciona e quais as vantagens de estar em um
Quer aprender mais sobre os marketplaces, as vantagens de estar em um e a importância deles para fazer a roda das compras virtuais girar?

Ficou curioso para saber qual é a diferença? Quer aprender mais sobre os marketplaces, as vantagens de estar em um – ou de criar o seu próprio – e a importância deles para fazer a roda das compras virtuais girar? Então, fica de olho no nosso artigo que, aqui, nós vamos explicar tudo que você precisa saber sobre marketplaces!

O que é marketplace?

Vamos começar pelo conceito: marketplace é um canal em que você pode comprar ou vender produtos. Em linhas gerais, pode-se dizer que é um site que reúne variados vendedores e lojas, com diferentes ofertas e diferentes produtos disponíveis, para oferecer mais variedade (de sortimento e também de preços) para o consumidor final.

Além das diferentes condições de preço e de estoque disponível, os marketplaces costumam contemplar uma gama maior de tipos de frete e de opções para o cliente. Isso acontece porque, ao reunir diferentes vendedores e colocar, em um mesmo ambiente digital, diversas lojas virtuais, na maioria das vezes o frete fica a cargo de cada lojista, o que impacta nessa dinâmica de fretes.

Em marketplaces, também é muito comum que você tenha, em cada produto ou na área de cada loja virtual, um espaço para avaliar as compras feitas e conferir as avaliações de outros consumidores, o que impacta diretamente na reputação daquele e-commerce presente dentro do marketplace.

Qual a diferença entre e-commerce e marketplace?

Já que falamos em e-commerce, vamos solucionar essa dúvida que é comum para muita gente. Se formos comparar com as lojas tradicionais, o marketplace seria o shopping center, enquanto o e-commerce é a loja.

O marketplace é o espaço que reúne diversas marcas, lojas e produtos, que permite que exista uma competição entre essas lojas que estão dentro dele, mas que, mesmo assim, beneficia os lojistas que escolhem estar ali – por possibilitar compras relacionadas e compras de ocasião – e também oferece muitas vantagens para o cliente.

Um e-commerce, portanto, é a loja virtual individual de uma marca ou empresa. Por conta disso, nesse modelo, tudo é de responsabilidade da empresa – a estrutura do site, os fluxos logísticos, os fluxos financeiros, o layout do site e por aí vai.

O que nos leva a mais uma diferença entre e-commerce e marketplace: enquanto na primeira modalidade você possui mais opções de personalização e customização de como você vai apresentar os produtos – afinal, é a sua empresa, então você pode fazer como achar melhor -, o marketplace é um espaço que reúne vendedores de diversos lugares e serve como intermediário para que eles atinjam mais consumidores.

Isso significa que o foco nos marketplaces está nos produtos, e não nas marcas. Ou seja, o espaço disponível para um produto em um marketplace é padronizado, com poucos níveis de personalização.

Mas é bom lembrar que se você possui uma loja virtual, não precisa escolher um único modelo. Pense, por exemplo, na quantidade de marcas e empresas que, além de possuírem seus próprios e-commerces, estão no Mercado Livre, aumentando a possibilidade de vendas. Combinar essas duas estratégias e modelos de negócio pode ser muito positivo para o seu negócio!

Marketplace: quando surgiu?

Como boa parte das novas tecnologias em e-commerce, os primeiros registros da existência de marketplaces são nos Estados Unidos. No início da década de 1990, começaram a surgir as primeiras empresas que operam nesse modelo de negócio, como a hoje gigantesca Amazon e o eBay.

Se hoje conhecemos diversas empresas que são marketplaces e são enormes, isso se deve à popularização dos smartphones e da mudança de comportamento do consumidor digital, que usa cada vez mais dispositivos móveis para realizar compras e buscas online.

Essa nova realidade permitiu que tanto os e-commerces quanto os marketplaces tivessem muitas oportunidades de crescer. Aqui no Brasil, isso aconteceu em meados dos anos 2000, quando começaram a ganhar força empresas como o Mercado Livre e o Submarino, ainda muito fortes nesse mercado.

Com o passar dos anos, na década de 2010, vimos outras gigantes do varejo adotarem o modelo de marketplace – sim, estamos falando de Magazine Luiza, Americanas.com e outras gigantes que, além de oferecerem o próprio sortimento de produto, apresentam ofertas de outros vendedores dentro de um mesmo ambiente digital.

Marketplaces aumentaram durante a pandemia de Covid-19

Assim como todas as outras áreas do mundo, os negócios digitais foram muito afetados durante a pandemia. No entanto, para quem vende online, o efeito foi, muitas vezes, positivo nas vendas. Afinal, com o distanciamento social e a quarentena, comprar online era a única possibilidade para a maioria.

Aqui no Brasil, o crescimento dos e-commerces foi imenso – e o dos marketplaces maior ainda. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), o setor de marketplaces cresceu 68% em faturamento entre os anos de 2019 e 2020, no auge da pandemia – número nunca antes visto nas estatísticas de marketplaces.

De acordo com dados do relatório “Marketplace Conference”, da Ebit/Nielsen, divulgados em 2021, o faturamento em grandes marketplaces aumentou 52% entre 2019 e 2020, atingindo a casa dos R$ 73 bilhões, além de a quantidade de pedidos também ter registrado considerável crescimento de 38%.

Em 2021, os números do primeiro trimestre não desanimaram quem investiu em marketplaces e mostraram que o que estava bom poderia melhorar ainda mais. De acordo com dados divulgados pela consultoria Conversion, muitas das principais plataformas de marketplace registraram índices impressionantes.

A Shopee, por exemplo, uma recém-chegada ao mercado brasileiro de marketplaces, foi a que mais cresceu, apresentando absurdos 1.852% de taxa de crescimento. Em segundo lugar – não menos importante, mas ainda assim mais de dez vezes menor – vem o crescimento das Casas Bahia, que dobrou de tamanho e ainda cresceu mais, batendo 116%.

Na sequência, Extra, Samsung, Amazon Brasil e Magalu – sim, alguns dos maiores players desse mercado – ficaram entre 80% e 50% de crescimento. Americanas.com e AliExpress, marketplaces mais consolidados e de atuação mais antiga aqui no Brasil, ainda assim não ficaram muito para trás: tiveram 36% e 33% de crescimento, respectivamente.

Como funciona um marketplace?

Na maior parte das vezes, os marketplaces funcionam em modelo de parceria. Sabe o que isso significa? Que as plataformas oferecem aos lojistas a parte técnica para administrar suas lojas virtuais, ou seja, o espaço virtual para que eles anunciem e vendam seus produtos, e ficam com uma porcentagem do que for ali vendido.

Mas é ou não um bom negócio fazer parte de um marketplace? Agora que já contamos o que são, como surgiram e quais as características principais dos marketplaces, é hora de entrar em uma parte bem importante: as vantagens e  as desvantagens desse modelo de negócio.

Vantagens de vender em marketplace

As principais vantagens de vender em um marketplace são:

Visibilidade

Um marketplace pode levar seus produtos para muito mais gente. Como são sites que têm uma frequência alta de visitantes – e um número alto de pessoas que vão até eles porque sabem do grande catálogo de produtos disponível nesses canais -, fica bem mais fácil captar novos clientes.

Pense na Amazon ou no Mercado Livre: muita gente que não conhece a sua loja virtual entra lá buscando algo que talvez você tenha – e, assim, fica muito mais fácil de te encontrar.

Diversidade de consumidores

Se mais gente acessa os marketplaces, é natural que mais pessoas com perfis diferentes estejam contempladas nessa audiência. Não só a sua visibilidade aumenta, mas também os tipos de consumidores que poderão encontrar o seu negócio.

Os marketplaces costumam ter alto volume de busca pelos mais diversos produtos, então suas chances de atingir consumidores de outras cidades e regiões do país, por exemplo, são bem mais altas.

Estrutura tecnológica

Essa é uma grande vantagem, principalmente se você está começando a empreender no ramo das lojas virtuais. Caso não tenha experiência e conhecimentos avançados em programação de site – ou não saiba qual plataforma de e-commerce contratar -, montar a sua loja dentro de um marketplace pode ser bem mais simples.

Um marketplace tem toda a estrutura pronta diretamente na plataforma para te oferecer. Toda a tecnologia que você precisa para cadastrar um produto, publicá-lo, vender e receber por essa venda já está lá – basta cadastrar-se. Uma vantagem e tanto para quem não quer, de primeira, arcar com as responsabilidades de colocar o e-commerce próprio de pé, certo?

Menos investimento no negócio

Essa é uma vantagem derivada diretamente do que falamos acima: se toda a estrutura já existe, naturalmente o investimento que você terá que fazer para começar sua loja será menor. Isso porque a plataforma já tem tudo que você precisa para exibir, vender, entregar e faturar seus produtos.

Com menos dinheiro destinado à estrutura, você pode colocar esse investimento em marketing, estoque e ampliação do sortimento de produtos. Que tal?

Mais vendas, mais lucro

Falamos disso algumas vezes já neste artigo e, por mais que essa tenha ficado em último lugar entre as vantagens listadas, nem de longe ela é menos importante. Um marketplace é uma excelente possibilidade de vender mais e aumentar os lucros da sua empresa.

É uma conta simples: mais visibilidade, mais clientes que te encontram, estrutura pronta para vender, ou seja, menos investimento para começar o negócio. Por conta dessa equação, o retorno que você terá das vendas será naturalmente maior.

Desvantagens de vender em marketplace

Mas tudo são flores. Então, os marketplaces são sempre o melhor negócio? Você já deve imaginar que a resposta é “não”. Sim, existem muitas vantagens, mas é preciso lembrar as desvantagens também. Vamos a elas:

Menos personalização

Como detalhamos anteriormente, a possibilidade de mostrar a identidade visual de sua marca e criar um layout nas cores que do seu negócio, por exemplo, é praticamente inexistente dentro de um marketplace. Quando você opta por colocar a sua loja virtual em um site que siga esse modelo de negócio, é muito provável que o formato siga o do marketplace – o que ajuda, inclusive, a gerar credibilidade para essas gigantes.

Vamos usar o Mercado Livre de exemplo novamente: todas as lojas dentro do site são amarelas, seguem um mesmo formato de visualização e de disposição das informações. E, se você entrou lá para comprar algo, provavelmente você já sabia que visual teria essa sua busca, certo?

Taxas de serviço

Vamos falar de dinheiro? Marketplaces cobram taxas dos lojistas para disponibilizar seus serviços – a mais comum é a porcentagem sobre vendas. Antes de entrar em um marketplace, é sempre bom pesquisar qual plataforma oferece as melhores condições para que seu bolso não saia perdendo nessa escolha. Afinal, o objetivo é ter lucro, e não prejuízo.

Dependência

Se você vende apenas por marketplaces, isso significa que seu negócio depende de outro para existir. Ou seja, se o canal deixa de existir ou muda as regras do jogo, cobrando, por exemplo, taxas maiores, isso pode inviabilizar que o seu negócio continue existindo. Já pensou encerrar as atividades e ter um baita prejuízo sem poder fazer nada sobre isso?!

Por isso, reitreamos: o caminho ideal é combinar estar, sim, em um ou mais marketplaces, para aproveitar todas as vantagens que eles podem oferecer, mas também investir no seu próprio e-commerce, dentro das suas possibilidades. Outra opção, caso o investimento na sua própria loja virtual seja impossível no momento, é vender pelas redes sociais. Já pensou em, por exemplo, montar um grupo de WhatsApp para vender?

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