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Passo a passo de como montar uma loja virtual de sucesso

O varejo digital tem crescido vertiginosamente no Brasil. Prova disso foi o aumento do faturamento do segmento em 56,8% nos primeiros oito meses de 2020, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, e a adaptação de mais de 135 mil lojas que aderiram às vendas online. Os dados são da ABComm e Compre&Confie.

Essa nova forma de consumo não foi apenas uma necessidade em tempos de pandemia. De acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 52% dos entrevistados afirmam estar comprando mais em sites e aplicativos durante a quarentena e 70% pretendem continuar comprando mais online do que faziam antes da Covid-19.

E o mercado já está sentindo isso. Nos três primeiros meses de 2021, o e-commerce cresceu 57,4% no comparativo com o mesmo período do ano passado, sendo realizadas 78,5 milhões de compras online. Os dados são da 7ª Edição do Relatório NeoTrust.

O comércio online veio para ficar e crescer nos próximos anos. Uma pesquisa com 2 mil empresários em 2022 revelou que pelo menos 74% dos lojistas aumentaram a receita mensal após criar uma loja virtual.

Você quer aproveitar essa tendência de mercado, se destacar e ter um e-commerce de sucesso? Confira neste artigo um passo a passo de como montar uma loja virtual!

1. Determine o investimento que se deseja fazer

O primeiro passo para montar uma loja virtual não poderia ser outro, a não ser determinar o investimento para tocar o seu negócio. Nesse sentido, você precisará analisar uma série de fatores, como:

Para não se perder nas finanças e garantir pelo menos o primeiro ano de atividade, vai a dica: divida o que você considera como seu montante inicial em 12 partes. A primeira delas, possivelmente, será maior, mas, o que sobrar, procure dividir em partes iguais para os próximos 11 meses.

Não ter esse cuidado pode colocar suas operações em risco, comprometendo o fluxo de caixa e o pleno funcionamento do negócio. Outra dica é buscar um curso de e-commerce para te ajudar com o seu planejamento de negócios e a estruturação da sua loja virtual.

2. Regularize a sua loja virtual

Já sabe o quanto tem disponível para gastar, prevendo sazonalidades e todos os cenários possíveis para a sua loja virtual pelo próximo ano? Então é hora de regularizar o seu negócio.

O primeiro passo para isso é abrir um CNPJ. Se você está começando o empreendimento por conta própria, o ideal é que se regularize como Microempreendedor Individual.

Dessa forma, garante seus direitos trabalhistas, age em conformidade com a lei, pode emitir notas fiscais – profissionalizando o seu negócio – e, tudo isso, de forma fácil e barata.

Afinal, você pode abrir um MEI online, e as taxas que incidem sobre essa modalidade de empreendimento são bem mais baixas, com certeza, vão caber no seu orçamento.

Acesse este conteúdo e descubra como se regularizar como MEI.

3. Tenha atenção à legislação

A burocracia relacionada à abertura da sua loja virtual não acaba com a criação do seu CNPJ. Assim como qualquer empreendimento, é preciso ter atenção à legislação que tange o seu negócio.

Existe uma série de legislações que incidem sobre o funcionamento da loja e o relacionamento com o consumidor, inclusive leis específicas para o comércio online, como o Código de Defesa do Consumidor, a Lei do E-commerce etc.

Saiba tudo sobre o assunto em: Leis do e-commerce: entenda como regulamentar a sua loja online.

4. Decida a plataforma que será utilizada

Agora que você já cuidou das finanças e da parte legal do seu negócio, é o momento de partir para a estruturação da sua loja virtual.

Um dos pontos mais importantes de montar o próprio e-commerce é em relação à escolha da plataforma. Afinal, esse é o sistema que permitirá o controle das suas vendas e a exposição da sua marca na internet.

“Escolher a plataforma ideal para criação de e-commerce é o primeiro passo fundamental para transformar sonhos em realidades de sucesso. Essa decisão deve ser pautada em uma análise criteriosa, que considere funcionalidades, escalabilidade e suporte oferecido. Uma escolha bem informada não apenas facilita a gestão do negócio, mas também abre portas para infinitas possibilidades de crescimento e inovação, permitindo que sua marca se destaque em um mercado competitivo e em constante evolução. Lembre-se, a base sólida é o alicerce para o sucesso contínuo.” – Fabio Goldman – Especialista em Marketing & Growth Hacking – Responsável pelo crescimento do mercado brasileiro no Wix

Assim sendo, dê uma atenção especial a esse aspecto, observando as funcionalidades e características das diferentes plataformas de e-commerce no mercado. Analise, por exemplo, se a solução em questão permite:

  • cadastrar e incluir os produtos;
  • gerenciar os preços e o estoque;
  • organizar as formas de pagamento;
  • sistematizar as entregas;
  • preservar as informações pessoais dos visitantes e garantir a segurança dos dados.

Verificadas essas questões, é interessante que você saiba que há três tipos de plataformas:

  • gratuitas (open source, oferecendo boas possibilidades de personalização, no entanto, podem ser instáveis e de difícil manutenção);
  • pagas (será preciso deixar uma pequena porcentagem sobre as vendas realizadas. Porém, os softwares são confiáveis e com ótimos serviços de atendimento, mas a personalização pode ser reduzida);
  • próprias (permitem total personalização, mas exigem uma equipe especializada para mantê-la, o que implicará em altos custos).

Enfim, observe tudo o que foi dito, já que é por meio da plataforma que você fará a gestão do seu negócio. Se ainda está em dúvidas sobre como fazer essa escolha, acesse o conteúdo: Como escolher a melhor plataforma para o seu e-commerce?

5. Escolha o seu meio de pagamento

Ainda pensando na infraestrutura da sua loja, a escolha do meio de pagamento é um ponto-chave para garantir a segurança das suas transações e atender bem os seus clientes, oferecendo todas as formas de pagamento necessárias para que eles sintam-se contemplados no seu site.

No mercado existe uma variedade de tecnologias de pagamentos e de empresas diversas. Para entender a diferença de gateways, subadquirentes e PSPs e fazer a melhor escolha para o seu modelo de negócio, baixe o nosso e-book gratuito sobre meios de pagamento para e-commerce.

Baixe o e-book Meios de pagamento online!

6. Estruture o seu modelo de entregas

A construção de uma reputação sólida e de um bom relacionamento com os clientes passa, principalmente, pelas entregas de qualidade.

Por isso, um ponto chave de como montar um e-commerce é estruturar muito bem a sua rede de parceiros: dos fornecedores à logística responsável pela entrega.

Fornecedores

É importante fazer uma pesquisa minuciosa quanto a reputação, preços e prazos de entrega dos seus fornecedores. Além disso,

  • compare preços;
  • tenha relação com, pelo menos, dois fornecedores de cada tipo de suprimento do seu e-commerce. Dessa forma, não fica dependente de uma única empresa e não deixa de honrar o seu compromisso com o consumidor;
  • faça negociações para fazer o pagamento a prazo. Assim, mantém o capital de giro e certa segurança financeira para suprir imprevistos;
  • tenha em mente também a distância desse fornecedor até o seu estoque. Custos com frete podem encarecer o seu produto final.

Logística

O valor do frete impacta na conversão de vendas e os prazos praticados podem ser determinantes para a satisfação e fidelização do seu consumidor. Por isso, é importante buscar alternativas rápidas e eficientes e, ainda assim, com custos reduzidos.

De forma geral, há três modelos de entrega:

  • Logística própria: todo o processo de entrega é de responsabilidade total do vendedor. Ou seja, você precisa gerir e realizar cada etapa – do armazenamento de estoque à entrega do produto.
  • Logística parcialmente terceirizada: as entregas acontecem quando o vendedor contrata serviços de outra empresa, mas ela não é responsável por todo o processo de entrega.

Por exemplo, temos os Correios que fazem o envio do produto até o seu cliente final, mas você ainda é responsável por estocar e embalar os itens e ir até a agência fazer a postagem.

Também existe a possibilidade de fazer a contratação de empresas de logística privadas. O ideal é contar com mais de uma para baratear suas negociações e garantir que imprevistos não inviabilizem a entrega dos produtos.

  • Logística terceirizada (fulfillment): nesse caso, uma empresa especializada é contratada para cuidar de todas as etapas da entrega, inclusive do estoque.

fulfillment é um sistema de logística mais elaborado e, por isso, também conta com custos mais elevados.

Coloque na balança os prós e contras de cada modelo logístico e escolha aquele que apresentar o melhor custo-benefício para o seu negócio e para o seu cliente.

7. Mapeie o seu público-alvo

Pense bem: como será possível montar uma loja virtual de sucesso sem ter a clareza de quem é o seu público-alvo? Ao mapeá-lo, você estabelecerá os produtos que deverão ser oferecidos com maior facilidade.

Além disso, entender quem é o seu público-alvo e como ele se comporta facilitará sua comunicação, tanto nas promoções quanto nas campanhas de marketing, por exemplo.

Aprenda mais sobre o tema em: Como definir o público-alvo do seu negócio digital?

8. Defina a estrutura de vendas da sua loja virtual

Por último, mas não menos importante, está a definição da estrutura de venda. É de suma importância avaliar os pontos de venda, ou seja, você atuará exclusivamente na sua plataforma ou colocará seus produtos em algum marketplace?

Para compreender o porquê disso, entenda que, se a sua ideia for vender somente no seu próprio site, será preciso investir em marketing e anúncios pagos, por exemplo. Isso se faz necessário para que os usuários encontrem a sua loja.

Agora, caso você queira vender nos marketplaces, seu planejamento deverá considerar as taxas de cobrança. Tanto um quanto outro incidirão em custos, porém, em diferentes perspectivas.

Vale ressaltar que uma estratégia não exclui a outra, muitos e-commerces divulgam seus produtos em grandes marketplaces para variar a fonte de tráfego do próprio site. O importante é começar e, claro, começar vendendo!