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Guia prático de SEO on page: como otimizar suas páginas para melhorar o ranqueamento

SEO On-Page se refere a todas as otimizações que podem ser implementadas dentro de uma página e estão visíveis ao usuário

O que é SEO on-page?

SEO on-page é uma técnica que visa otimizar elementos dentro da própria página de um site. Isso ajuda a melhorar seu posicionamento nos resultados da busca orgânica do Google, Bing e outros mecanismos de pesquisa. 

Entre as táticas estão a seleção cuidadosa de palavras-chave, a criação de conteúdo de qualidade e a otimização das title tags e meta descriptions. Por estar sob controle do administrador (ao contrário do SEO off-page), é também chamado de SEO on-site. 

Adicionalmente, ajustes na linguagem de programação (normalmente HTML) e na estrutura da página são fundamentais para um bom SEO on page. Estes ajustes incluem o uso correto de heading tags como H1, H2 e H3, além da otimização das imagens para garantir que elas carreguem rapidamente.

Além disso, muitas vezes são também estruturados links internos (para outras páginas do site) ou links de saída (para páginas externas), facilitando a navegação.

Otimizando cada elemento on-page, o site se torna mais amigável tanto para os usuários quanto para os algoritmos dos motores de busca, pavimentando o caminho para um aumento significativo na visibilidade online.

Quais as diferenças entre SEO on-page, SEO off-page e SEO técnico?

SEO on-page envolve a otimização de elementos internos de um site. Isso inclui o conteúdo, a estrutura HTML e a experiência do usuário. Trabalha-se com palavras-chave, tags de título, meta descrições e otimização de imagens.

Já o SEO off page está focado em atividades externas (ou seja, sites pertencentes a terceiros) que influenciam o ranqueamento. Links externos (ou backlinks), são vitais nesse tipo de SEO. A reputação e a autoridade do site ganham força com uma boa estratégia off-page por meio da referenciação em páginas externas, como portais de notícias e blogs de nicho.

O SEO técnico, por sua vez, se refere à otimização da tecnologia de um site que não está diretamente visível ao usuário, como o sitemap, a velocidade de carregamento e os dados estruturados

É essencial entender que todos eles são complementares. Enquanto o SEO on-page assegura que sua página esteja bem estruturada e com conteúdo relevante, o SEO off-page expande sua visibilidade e credibilidade no ambiente digital, elementos essenciais para adequação às diretrizes E-E-A-T do Google.

Estratégias de ranqueamento envolvem tanto a otimização interna quanto a obtenção de referências externas, criando uma presença online sólida e confiável para os mecanismos de busca.

Para tangibilizar estas diferenças e garantir a compreensão de tais conceitos, veja, na tabela abaixo, os principais pontos de atenção de cada um dos pilares e suas métricas de avaliação. 

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Qual é a importância do SEO on-page?

Entendendo as diferenças entre SEO on-page e off page, fica evidente o papel crítico que o primeiro desempenha na otimização de sites. Implementar estratégias de SEO on-page é crucial para aumentar o tráfego orgânico, garantindo que as páginas do seu site estejam alinhadas com os critérios dos mecanismos de busca.

A otimização interna da página é responsável por tornar o conteúdo não só relevante, mas também facilmente indexável pelo Google e demais buscadores. 

Quando uma página alcança uma boa colocação na página de resultados, isso significa que, de acordo com os critérios do algoritmo, ela soluciona as dúvidas do usuário.

Essa abordagem direciona visitantes qualificados para o site, fundamentais para a conversão em leads ou vendas. Além disso, conteúdos otimizados ajudam na construção de uma marca sólida e confiável na internet.

Assim, investir no SEO on page é um passo decisivo para quem deseja dominar os rankings e destacar-se no mercado digital. Especialmente em mercados concorridos, uma estratégia de SEO deve ser aplicada a longo prazo. 

Quando se faz uma postagem no blog, por exemplo, o Googlebot precisa identificar, indexar e avaliar a qualidade do conteúdo, o que pode levar algum tempo.

Contudo, há maneiras de acelerar esse processo. É o que ocorre quando o mecanismo reconhece um site por sua autoridade de tópico ou pela contribuição constante de conteúdos relevantes para públicos específicos. 

Sites identificados com alto valor ao usuário possuem maior facilidade de ranqueamento. Isso significa que as páginas de um site têm influência sobre as demais. 

É por isso que as ações de SEO on-page precisam, também, de continuidade. A recorrente reavaliação e otimização constante podem fazer toda a diferença para figurar no topo dos buscadores.

Outra maneira de ganhar posições de maneira rápida são as chamadas QuickWins.

O que são QuickWins em SEO?

QuickWins em SEO é uma expressão referente a pequenos experimentos que, quando implementados, têm impacto positivo no ranqueamento. Ou seja, são testes de SEO realizados com frequência para comprovar o efeito de uma mudança. Faz parte do jogo compreender que algumas implementações funcionam, outras não. 

Outra particularidade que caracteriza o SEO on-page é o fato de que, de modo geral, as otimizações são de fácil implementação. 

Em comparação com o SEO técnico, por exemplo, que necessita da intervenção de times de desenvolvimento, a maior parte das alterações do SEO on-page podem ser realizadas por analistas, principalmente quando o site conta com um bom CMS (Content Management System). 

O que é um CMS?

CMS são plataformas de gerenciamento de conteúdo. Ou seja, aplicativos utilizados para criar, editar, gerir e publicar conteúdos na internet. 

O mais popular para blogs é o WordPress. No entanto, lojas virtuais utilizam sistemas mais robustos e específicos como Magento ou Shopify.  

Como o SEO On-Page funciona?

Para começar a desenhar uma estratégia de SEO On-Page é preciso, antes de qualquer outra coisa, focar em uma palavra-chave.

Toda página na internet deve ter uma palavra-chave principal. Se a sua página, por exemplo, possui duas palavras-chave, talvez seja melhor avaliar a necessidade de existirem duas páginas distintas.

Para cada página trabalhada, é necessário otimizar uma palavra-chave principal e variações de palavras-chave secundárias. Depois de selecionado o termo principal, é hora de passar para a intenção de busca, o principal fator de ranqueamento do Google.

A partir do momento em que uma pessoa digita um termo no Google, como “bola de futebol de plástico”, sua intenção provavelmente não é ler um texto sobre a história das bolas de futebol de plástico.

Nesse caso, sua intenção é ter acesso a páginas de lojas confiáveis com ofertas de bolas de futebol de plástico onde, então, ela possa realizar a compra do produto. Essa definição é alinhada ao que se chama de SEO semântico

Embora dois usuários utilizem o mesmo termo com intenções diferentes, o buscador utiliza o aprendizado de máquina para trazer a resposta estatisticamente mais provável. 

Para solucionar esse tipo de problema, são implementadas outras soluções na SERP, como “as pessoas também perguntam”, pesquisas relacionadas ou grafos de conhecimento. O SEO não é apenas sobre palavras-chave, mas sobre construir experiências baseadas em intenção de busca.

Quais são os tipos de intenção de busca?

Existem três tipos principais de intenções de busca: navegacional, informacional e transacional. Todas elas possuem igual importância, pois todas fazem parte da jornada de pesquisa do usuário. Abaixo, saiba mais sobre cada uma delas.

Intenção de busca navegacional

A intenção de busca navegacional é aquela em que o usuário deseja chegar a uma página específica a partir de uma palavra-chave principal que, na maioria das vezes, é o próprio nome do site, ou o que chamamos de branded keyword.

  • Exemplo: [Americanas], [G1], [Viajanet] ou [Americanas smartphones]

Uma vez que a intenção deste usuário é muito clara a específica, essa é a pesquisa que mais gera conversões.

Intenção de busca informacional

A intenção de busca informacional é aquela em que o usuário deseja obter algum tipo de informação.

  • Exemplo: [o que é SEO?], [quem é Elon Musk], [como costurar roupa rasgada]

Aqui está o maior volume das buscas feitas na web e correspondem a elas, via de regra, blogs, sites de notícias, agregadores de conteúdo (como a Wikipédia) e outros.

Intenção de busca comercial

A intenção de busca comercial é aquela em que o usuário manifesta sua intenção de compra, mas não busca especificamente pelo produto. 

  • Exemplo: [melhores bicicletas para trilha], [celular custo-benefício], [como escolher um produto de limpeza]

Ou seja, o desejo da compra é expresso, mas o usuário ainda não sabe qual é a solução que deseja.  

Intenção de busca transacional

A intenção de busca transacional é aquela em que o usuário deseja fazer uma compra.

  • Exemplo: [tênis para corrida], [bolsa feminina de couro], [mochila infantil]

Algumas palavras-chave poderão, ainda, englobar os três tipos de intenção de busca, como é o caso da palavra [iPhone], por exemplo.

Ao fazer esta pesquisa, o usuário pode estar buscando a página do iPhone no site da Apple, procurando mais informações sobre este dispositivo ou procurando as melhores ofertas para adquirir um.

Sendo assim, é preciso avaliar qual é a intenção de busca prioritária para compreender qual deve ser o seu tipo de página.

E, para isso, você precisará fazer as análises que serão detalhadas a seguir.

Análise competitiva de SEO

A primeira análise a ser feita, como o próprio nome sugere, é a análise competitiva. Ou seja, a análise de concorrentes.

O primeiro passo é analisar todos os tópicos principais que a página a ser otimizada possui. São eles:

  • Blocos de conteúdo: separados por H2 ou, no máximo, H3;
  • Blocos navegacionais: sugestão de produtos, no caso de e-commerces;
  • Assets (ou ativos): imagens, vídeos, textos de apoio, buscador, ofertas etc;
  • Tamanho do conteúdo disposto;
  • Tempo médio no site;
  • Densidade de palavras-chave.

Para analisar estes elementos de forma mais clara, você pode inseri-los em uma planilha em que são dispostos, em linhas, os atributos analisados e, ao lado, a comparação do seu site com relação ao TOP 3 do Google para a sua palavra-chave principal.

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Veja, na imagem acima, que inclui até algumas métricas mais profundas de análise, como a comparação é feita.

Na primeira linha, podemos ver que a média de autoridade de domínio do top 3 é de 38, enquanto a do site analisado, descrito como “Meu Site”, é de 56.

Na última coluna, então, a conclusão de que o Domain Rating do site analisado é 47,4%, maior que a média dos concorrentes. Sendo assim, podemos concluir que, neste aspecto, este site está a frente da concorrência, portanto este não deve ser motivo de preocupação.

As cores foram divididas em verde, amarelo e vermelho, sendo verde as zonas menos problemáticas e, vermelho, as que mais precisam de ajustes.

Em “Produtos” e “Word Counter”, por exemplo, o site analisado está em desvantagem: ambos os fatores perdem para a concorrência, indicando que devem haver melhorias relacionadas a eles.

Estas melhorias podem ser, em um primeiro momento, a inclusão de mais conteúdos e um aumento na variedade de produtos, ou pelo menos um aumento na percepção da vitrine deste e-commerce.

Análise textual de estrutura de página

Quando falamos em textos, também é possível montar uma análise competitiva com bons resultados.

No exemplo demonstrado abaixo, foram analisados os conteúdos do “Meu Site” e dos concorrentes A e B.

O primeiro passo é mapear os blocos de conteúdo presentes nestes textos, dentro dos três sites do comparativo. Em outras palavras, identificar os temas, dispostos nas heading tags (H1, H2 e H3) dos conteúdos e separar seus tópicos.

No total, foram encontrados 58 tópicos, como descrito na terceira linha da tabela:

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As linhas seguintes classificam estes tópicos, dentro das páginas, em “Trabalhados”, “Mencionados”, “Não citados” e “Exclusivos”.

Ao inserir, nas colunas seguintes, quantos destes tópicos se encaixam em cada uma das classificações, a tabela gera um score para cada site.

Neste exemplo específico, o Meu Site fez apenas 7 pontos, enquanto o Concorrente A fez 39 e o Concorrente B, 36.

Fica claro, então, que o Meu Site está muito atrás destes dois concorrentes. Enquanto, entre eles, o A está à frente do B.

Ao analisar quais tópicos não foram citados ou trabalhados, temos uma visão geral mais ampla do que deve ser melhorado e otimizado nos textos.

Ao olhar para todas estas informações, é importante entrar mais profundamente em um conceito fundamental de copywriting: a Big Idea.

O que é a Big Idea da página?

Big Idea é um conceito de copywriting que se refere ao grande diferencial da sua página.

Em outras palavras, a sua Big Idea é, literalmente, a sua grande ideia: o principal tema por trás dos seus conteúdos e a mensagem que a sua página deseja transmitir aos seus usuários.

Tipos de páginas diferentes possuem ideias distintas. Blog posts, landing pages de recolhimento de leads, landing pages de vendas, páginas de ferramentas e home pages exercem, cada uma delas, uma função específica.

Este conceito, muito aplicado à campanhas de marketing, também pode facilmente ser aplicado ao SEO quando trabalhamos com a ideia de argumento principal de uma determinada página ou site.

Após uma análise textual quantitativa, como a que vimos acima, a Big idea é uma forma qualitativa de avaliar os seus conteúdos.

Aqui, o objetivo é trabalhar na grande solução oferecida por uma página e determinar por que ela é a melhor para a sua intenção de busca.

Para isso, será necessário estar a frente nos seguintes pontos:

  • Diferencial;
  • Preços mais baixos;
  • Informações mais completas;
  • Informações atualizadas;
  • Exclusividade em produtos, informações e outras vantagens.

A partir das boas práticas aplicadas aos tópicos acima, você será capaz de comunicar a sua Big Idea para o seu usuário. Este é um conceito de suma importância: a sua Big Idea deve ser comunicada o tempo todo.

Como consequência, você será capaz de trazer à SERP e ao seu usuário uma página única, melhor que todas as outras e que terá, deste modo, mais chances de chegar à primeira posição no Google.

Como otimizar sua página para SEO on-page na prática?

“Mas, afinal, como otimizar uma página para SEO on-page?”, você deve estar se perguntando. A seguir, veja detalhadamente sobre cada um dos elementos a serem considerados na prática.

URL amigável

A URL é um dos elementos visíveis de um site mais importante em SEO. E, para trabalhá-las bem, é preciso compreender um conceito elementar sobre elas: o de que as URLs são uma unidade básica.

Cada página que existe na web possui um endereço específico (URL) e, teoricamente, uma página só deveria ser acessível através de um único endereço.

Toda URL deve representar um único conteúdo e todo conteúdo único deve ser acessado por uma única URL

Veja, abaixo, todos os elementos que compõem uma URL:

Anatomia de URL

Em oposição, veja o que uma URL não deve ter:

  • HTTP não-seguro;
  • Extensão excessivamente longa;
  • Parâmetros (atributos que personalizam URLs com filtros, quando aplicável).

Exemplos:

  • https://loja.dominio.com.br/categoria/?filtro=preco-mais-baixo
  • https://www.meublog.com.br/blog.php?post=343434

Os erros descritos acima não impedirão um site de ser ranqueado, mas prejudicam significativamente as chances de alcançar boas posições porque não transmitem segurança ao usuário.

Em alguns casos, no entanto, os parâmetros serão inevitáveis, principalmente no caso de e-commerces.

Por conta das buscas feitas dentro do site e das páginas de categorias, alguns conteúdos são comumente acessíveis a partir de mais URLs, principalmente por parâmetros de filtro.

Para tangibilizar o conceito, veja a URL da categoria “Galaxy S”  dentro do site das lojas Americanas:

  • https://www.americanas.com.br/categoria/celulares-e-smartphones/smartphone/samsung-galaxy/galaxy-s

Imagine que, dentro desta página, foram filtrados os resultados por menor preço.

Por conta da realocação dos produtos, a página agora possui a seguinte URL, que inclui um parâmetro de filtro ao final (em negrito):

  • https://www.americanas.com.br/categoria/celulares-e-smartphones/smartphone/samsung-galaxy/galaxy-s?viewMode=list&sortBy=lowerPrice

Nesse caso, o usuário está na mesma página, vendo os mesmos produtos, com a única diferença sendo a posição em que eles estão dispostos. 

Assim, uma única página pode possuir duas ou mais URLs, o que exige uma ação para que elas não sejam vistas como conteúdo duplicado pelo Google.

Canonização de URLs duplicadas: a solução para conteúdos duplicados

Para que as páginas de um e-commerce acessíveis por mais de uma URL não sejam punidas como conteúdo duplicado pelo algoritmo dos buscadores, é necessário canonizá-las.

Essa implementação também pode ser vista como uma ação de SEO técnico, mas é fundamental para evitar que as páginas de uma loja virtual não percam posições desnecessariamente e para que o conceito de página única esteja bem definido.

Na prática, canonizar uma página significa incluir uma tag canônica (canonical tag) para a página de origem, indicando que aquele conteúdo não é duplicado, mas relacionado à sua fonte e à uma página oficial que deve ser mostrada no Google.

URL Canonization

No código fonte da URLs das Lojas Americanas que possui o parâmetro de filtro, indicada algumas linhas acima, podemos encontrar a seguinte marcação:

  • rel=”canonical” href=”https://www.americanas.com.br/categoria/celulares-e-smartphones/smartphone/samsung-galaxy/galaxy-s”/>

Essa tag é incluída na seção <head> do HTML de uma página.

Qual a melhor estrutura de URL?

Apesar de haver algumas boas práticas, a melhor estrutura para uma URL, porém, depende do contexto em que o site está inserido e das possibilidades do que pode ser feito.

A questão do CMS utilizado, por exemplo, é um fator de influência. 

Para sites que usam o WordPress, há uma alta flexibilidade na edição de URLs. Para sites que utilizam a plataforma Vtex, essa flexibilidade é bem menor.

Além das capacidades técnicas, as melhores URLs, de modo geral, são aquelas que possuem o slug (complemento final da url) o mais próximo possível do domínio, como o modelo abaixo:

  • https://www.loja.com.br/galaxy-s/

Quanto mais curto o caminho entre o domínio e o slug, melhor.

Conteúdo

Nos últimos anos, o conteúdo vem se tornando um tema cada vez mais complexo em SEO.

Não porque desenvolver bons conteúdos seja difícil, mas porque a importância deste elemento dentro de uma página, e do site como um todo, está cada vez maior, seja para blogs, páginas de produto ou qualquer outro formato de página.

Ao cruzar conteúdo com experiência do usuário, por exemplo, essa complexidade vai ainda além.

É por isso que falar sobre o poder do copywriting vem se tornando cada vez mais comum entre profissionais de SEO.

Hoje, basicamente, o conteúdo de uma página e a experiência que ele oferece é o que determina o sucesso ou o fracasso de uma página na web.

Em outras palavras, é preciso, o tempo todo, convencer o seu usuário a continuar lendo o seu conteúdo.

Podemos traçar um paralelo com uma série ou uma novela, por exemplo, em que toda vez que um ponto-chave é solucionado, descobre-se outro a ser revelado. E, assim, sucessivamente, a atenção do espectador é novamente presa pela trama, uma forma de storytelling.

Com o conteúdo deve ocorrer o mesmo: do início ao fim da página, é preciso estar preparado para, a cada segundo, renovar o desejo do seu usuário de navegar pelo site. Esse tipo de técnica aumenta as taxas de retenção do usuário no site e o tempo de permanência de página, indicativos de qualidade para os buscadores. 

Isso não é impossível, no entanto. Vem criando-se, daí, a necessidade de capacitação e formação de profissionais de copywriting para times de SEO.

Além das técnicas de copywriting, é claro, há outros elementos de conteúdo a serem trabalhados para que a sua página possua um conteúdo super interessante.

Blocos de conteúdo

Conferir uma unidade individual a cada um dos blocos de conteúdo é um deles.

Imagine que, ao construir um conteúdo extenso, você esteja sempre obrigando o usuário a ter compreendido o bloco anterior para conseguir entender o bloco posterior.

Diferentemente de um romance literário, em que você não pode iniciar a leitura a partir da metade do texto, um blog post deve permitir que o seu usuário comece sua leitura pelo tópico que mais lhe interessa.

Quando falamos de conteúdos épicos, que geralmente são utilizados como peças de consulta, inclusive com trechos destacados na própria SERP, essa necessidade é ainda mais pontual.

Escaneabilidade

escaneabilidade de um conteúdo está ligada à independência dos blocos de texto, uma vez que é isso que permite ao usuário compreender os tópicos trabalhados pelo conteúdo apenas passando os olhos por ele.

Uma boa escaneabilidade exige que o conteúdo esteja muito bem estruturado, com blocos de título simples e direto, com informações bem hierarquizadas e com uma finalidade clara, uso de bullet points, negrito e tabelas, o que diminui consideravelmente a taxa de rejeição de uma página.

Conteúdo mobile-first

Um dos problemas essenciais dos conteúdos hoje é a sua baixa aplicabilidade às telas de dispositivos móveis.

De forma geral, todas as vezes em que um conteúdo é desenvolvido, é criado em um computador desktop ou notebook. 

Por instinto, é muito comum que a sua leitura seja mais adequada a estes dispositivos, mas isso é um erro. 

Estes conteúdos não serão lidos em desktop, mas em sua maioria, em dispositivos mobile, principalmente smartphones.

Uma das maneiras mais eficazes de adequar o seu conteúdo às telas pequenas é escrevendo blocos de texto mais enxutos, evitando o excesso de linhas.

Conteúdos diretos: a pirâmide invertida

A partir de testes e experimentos realizados pela Conversion, uma das descobertas mais importantes é a de que, cada vez menos, as pessoas suportam enrolações em conteúdos para web.

É comum que os textos sejam iniciados com longos parágrafos introdutórios transmitindo o tom e a mensagem geral do que será desenvolvido abaixo, mas isso faz decair a taxa de retenção de uma página.

Portanto, é importante salientar: construa textos que já comecem diretamente no ponto de dor do seu usuário. A essa organização damos o nome de pirâmide invertida.

Pirâmide Invertida

Na base da pirâmide, que está no topo da imagem, estão todas as informações mais importantes sobre aquele tema.

Conforme o texto se desenvolve, ficam abaixo as informações menos importantes, mas que também podem complementar a informação transmitida.

Uma boa maneira de implementar este conceito é usando o que chamamos de content leads: um pequeno bloco de texto no início do conteúdo, geralmente em destaque, que traz, logo de cara, a resposta para a pergunta do usuário.

Veja, abaixo, o content lead do nosso conteúdo sobre palavras-chave.

Problemas de conteúdo

Existem muitas boas práticas de conteúdo que podem ajudar um site a ser melhor reconhecido pelo Google, mas há também um grande número de problemas de conteúdo que podem rebaixar essa avaliação.

Abaixo, são listados os problemas de conteúdo mais comuns para que você possa evitá-los na hora de desenvolver as suas páginas ou corrigi-los ao fazer uma auditoria on-page.

1. Conteúdo duplicado

Se um conteúdo está duplicado por uma questão técnica de URLs, como vimos acima, esse problema pode ser solucionado por meio da aplicação da tag canonical.

Mas esta não é a única origem de conteúdos duplicados na web. Há, também, muita cópia e plágio.

De modo geral, o Google tende a privilegiar o conteúdo original, mas essa não é uma regra.

Infelizmente, esse problema deve ser resolvido por vias além do SEO.

2. Thin Content

O conceito de thin content, ou conteúdos muito curtos, foi criado há alguns anos e, primordialmente, se refere a conteúdos que possuem abaixo de 500 palavras.

Os conteúdos curtos, ou finos, prejudicam a experiência do usuário dentro de uma página, em geral oferecendo conteúdos pobres que possuem alta taxa de rejeição.

3. Conteúdos desatualizados

Outro tipo de conteúdo que prejudica a experiência do usuário dentro de uma página são os aqueles desatualizados ou que não fazem mais sentido dentro daquele contexto.

Uma maneira muito eficaz de acabar com este problema é o content pruning, uma técnica que consiste em revisar periodicamente o seu site e eliminar conteúdos que não agregam mais valor à sua estratégia.

“Limpar a casa” antes de implementar novas otimizações é uma maneira de trazer mais clareza às ideias e de identificar com mais facilidade quais são as deficiências mais importantes a serem trabalhadas.

Heading tags

Para um profissional de SEO experiente, o conceito de heading tags é muito familiar.

As heading tags nada mais são do que tags que hierarquizam as informações do conteúdo, indo da mais importante, H1, às menos importantes, H3 em diante.

De forma prática, dentro de um conteúdo, as heading tags se aplicam da seguinte maneira:

heading-tags

Essa subdivisão é necessária para que não só o usuário compreenda melhor o tema do seu conteúdo, mas o robô do Google também: é ele quem consegue ler essas marcações internas e fazer uma leitura dinâmica da sua página a partir de sua estrutura.

Imagens

As imagens também não podem ficar de fora do que compreendemos como conteúdo em SEO On-Page.

Para isso, algumas boas práticas são fundamentais e fazem parte do que chamamos de SEO para Imagens.

Abaixo, listarei os principais pontos a serem otimizados nas imagens do seu site:

1. ALT

Este é o principal elemento em uma imagem. O alt é o texto alternativo que caracteriza uma imagem dentro do código fonte de uma página e deve ser o mais descritivo possível.

Bons exemplos de alts podem ser encontrados em bancos de imagens, como iStock, para citar um exemplo. 

Esses sites costumam depender muito do SEO para imagens para conquistar visitas, portanto são habitualmente boas fontes de descrições nos títulos de suas imagens.

2. Nome do arquivo

Este é um ponto frequentemente ignorado pelos administradores de sites, mas o nome do seu arquivo pode representar um impacto no ranqueamento das suas imagens.

De modo geral, possuir um nome genérico, como um conjunto de números e letras, não impedirá a sua imagem de alcançar uma posição razoável, mas um nome descritivo e preciso pode ser ainda melhor.

3. Formato da imagem 

Até algum tempo atrás, publicar imagens em .png era o suficiente para garantir uma boa qualidade de exibição em diferentes dispositivos de leitura.

Hoje em dia, em dispositivos mais modernos, por exemplo, já é comum que as imagens neste formato fiquem estouradas, dependendo da tela em que são vistas.

Para evitar este problema, a melhor prática é utilizar uma extensão que não perca qualidade, como o SVG — ou Scalable Vector Graphics, um formato adaptável a qualquer tamanho de tela que permite que uma imagem seja manipulada infinitamente sem perda de qualidade.

Além disso, o SVG é um formato super leve, o que não prejudica o desempenho do carregamento do site.

4. Tamanho do arquivo

Apesar de todas as vantagens descritas acima, infelizmente o formato SVG só é aplicável a ilustrações (ícones, logos, imagens que ilustram alguma ideia etc).

Se um conteúdo precisa de muitas fotos, como um e-commerce que necessita expor uma grande quantidade de fotografias dos seus produtos, ainda será preciso utilizar um formato inferior, como .png ou .jpg, por exemplo.

No entanto, há uma maneira de minimizar as desvantagens destes formatos mantendo o tamanho das suas fotos sempre abaixo de 100kbs.

É claro que, dependendo da situação, algumas imagens não se encaixam dentro do limite, mas é importante que os benefícios de quebrar essa regra sejam maiores que os malefícios.

Para comprimir o tamanho das imagens ou redimensioná-las, é possível usar as seguintes ferramentas:

Links internos

Sempre falou-se muito, em SEO, sobre a importância dos links internos para o sucesso de uma estratégia.

Para avaliar em dados o impacto dos principais fatores de ranqueamento, em 2020 a Conversion fez o maior estudo sobre SEO do Brasil, analisando mais de 94 milhões de buscas mensais.

Gráfico

Nessa pesquisa, descobrimos uma relação muito interessante entre linkagem interna e boas posições na SERP.

Como você pode ver acima, existe uma correlação clara entre páginas que possuem mais links internos e a primeira posição no Google.

Mais especificamente, nosso estudo concluiu que os primeiros resultados da SERP para mais de 1.300 palavras-chave possui, em média, 19 links internos.

Recentemente, em mais um experimento de SEO, duas páginas nos chamaram a atenção por seus resultados positivos obtidos com links internos.

Em ambas as páginas foram otimizadas palavras-chave de alta concorrência para topo de funil, ou seja, palavras com maior quantidade de busca.

Na primeira delas, a posição subiu da 16ª para a 10ª posição, na primeira página.

A segunda página otimizada subiu da 18ª para a 11ª posição, e tudo isso somente com linkagem interna.

Agora, se você deseja montar uma estratégia de links internos e começar a ver estes resultados no seu site, o primeiro passo é buscar oportunidades de linkagem.

Para encontrar essas oportunidades, faça uma busca no Google pela sua palavra-chave principal a ser otimizada + site:seusite.com.br. 

Essa pesquisa exibirá todas as páginas do seu site que mencionam a sua palavra-chave e, caso não haja uma linkagem interna, você poderá fazê-la.

Para buscar por oportunidades de links internos para a palavra [e-commerce], nossa busca foi feita da seguinte maneira:

Ao encontrar estes resultados você poderá analisar essas menções e escolher, de acordo com a sua estratégia e objetivo, quais podem ser boas fontes de links internos.

Vale salientar, no entanto, que links em páginas de blog, por exemplo, são mais valiosos do que links navegacionais (ou seja, em botões).

Snippet

Chegamos a uma das mais comuns e populares otimizações em SEO: a otimização de snippets.

Os snippets são nada menos do que os resultados que aparecem no Google. Ou, pelo menos, a parte visível ao usuário.

Em outras palavras, o título, a URL e a descrição que o seu site exibe no Google compõem um snippet e é um erro presumir que ele não possa ser constantemente melhorado.

Snippet

Título

O primeiro ponto de atenção, e também a parte mais preponderante do seu snippet, é o seu título.

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Para ter um bom título na SERP é preciso garantir que a principal palavra-chave deste título esteja o mais à esquerda possível, mesmo que ela não possa ser a primeira palavra deste título.

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Isso é importante porque é este o local em que o olho do usuário passa primeiramente, colocando a sua palavra-chave em evidência na hora em que ele escaneia a SERP.

Uma segunda observação importantíssima sobre estes títulos é que, mesmo que você os escreva, o Google pode reescrevê-los.

Isso acontece porque o algoritmo compreende que, quando o elemento title e o H1 da página não batem, isso pode ser uma tentativa de manipulação. Ou uma discrepância que pode prejudicar a experiência do usuário.

Em 2021 o Google lançou um update que intensificou essa prática, o Google Title Tag Update.

Se você precisa otimizar os seus titles, uma ferramenta chamada Zyppy pode ser grande aliada. Ela conecta-se com a conta do Search Console, gera um title score para os títulos da SERP e permite a edição em um só lugar.

Algumas técnicas de copywriting também podem ser úteis na hora de redigir títulos. Ao utilizar os famosos gatilhos mentais, você aumenta as chances do seu título chamar a atenção do leitor.

Palavras-chave como “novo”, “melhor”, “guia definitivo” e outras podem funcionar bem desde que, é claro, façam sentido para o seu usuário.

Meta Description

Como foi dito alguns tópicos acima sobre otimização de URLs, é preciso trabalhar as meta descrições, outro elemento importantíssimo para o snippet.

Apesar de não ser necessariamente um fator de ranqueamento, as meta descriptions desempenham um papel fundamental na hora de atrair a atenção e o clique do seu leitor, contribuindo ativamente para o aumento ou a queda do CTR (taxa de cliques) na SERP.

O CTR (ou Clickthrough Rate) do site, por sua vez, tem grande influência no ranqueamento.

Para complementar a meta descrição, incluir uma thumb também pode fazer o seu resultado se destacar dos concorrentes.

thumb-serp-mobile

Como manter uma estratégia de SEO on-page eficaz?

Manter uma estratégia eficaz de SEO on page exige atualização constante e monitoramento do desempenho de páginas. Acompanhar as tendências de SEO e adaptar seu site pode fazer toda a diferença.

  • Revise regularmente o conteúdo para garantir que esteja atualizado, relevante e otimizado com palavras-chave estratégicas;
  • Analise a estrutura de HTML e certifique-se que está limpa e organizada, facilitando a compreensão dos mecanismos de busca;
  • Teste a velocidade da página regularmente, pois páginas rápidas melhoram a experiência do usuário e são favorecidas pelo Google;
  • Use ferramentas de análise para verificar o tráfego orgânico e identificar páginas que precisam de melhorias no SEO;
  • Atualize meta descrições e tags de título para manter as informações precisas e atraentes nos resultados de busca;
  • Inclua links internos para outros conteúdos do seu site para melhorar a navegação e distribuir o valor do SEO;
  • Certifique-se que todas as imagens tenham tags alt descritivas, contribuindo tanto para SEO quanto para acessibilidade;
  • Observe a concorrência para entender táticas de ranqueamento bem-sucedidas e aplicá-las em sua própria estratégia;
  • Realize auditorias de SEO periodicamente para detectar e corrigir problemas técnicos ou erros de otimização;
  • Promova seu conteúdo otimizado por meio das redes sociais e outras plataformas para gerar mais visibilidade e tráfego.

Lembrando que essas ações devem ser realizadas com frequência. Afinal, os concorrentes também farão otimizações, o que pode levar à queda de posicionamento.

Dicas resumidas para otimização de SEO On-Page

Para aprimorar sua presença online com técnicas essenciais de SEO on-Page, aumentando assim sua visibilidade e tráfego qualificado, veja:

Uso eficaz de palavras-chave

Para tornar seu conteúdo otimizado, é crucial escolher as palavras-chave certas. Elas devem refletir termos que sua audiência procura e estar diretamente ligadas ao tema do seu site ou postagem.

Considere a intenção do usuário e insira as palavras-chave de forma natural no texto. Evite enchê-lo com termos desnecessários, o que pode prejudicar seu ranqueamento e a experiência do usuário.

Inserir palavras-chave no título, subtítulos e ao longo do corpo do texto amplifica sua visibilidade para os mecanismos de busca. Use variações das palavras-chave para cobrir mais possibilidades de busca e aumente as chances do seu conteúdo ser encontrado.

Fazer isso com sabedoria pode aumentar significativamente o tráfego orgânico do seu site e melhorar seu posicionamento no Google.

Utilização de tags H1 e H2

Depois de identificar as palavras-chave certas, é hora de aplicá-las corretamente com as tags H1 e H2. Estas tags são fundamentais para a estrutura HTML do seu site e têm um grande impacto no SEO on-page.

O uso da tag H1 é essencial para destacar o título principal da sua página, orientando o usuário e os mecanismos de busca sobre o tema central do conteúdo. Cada página deve ter apenas uma tag H1, incorporando a palavra-chave principal para garantir um foco claro e melhorar o ranqueamento.

As tags H2 servem para organizar os subtítulos e dividir o texto em seções que facilitam a leitura. Assim como os títulos principais, os subtítulos podem incluir variantes ou palavras-chave secundárias relacionadas ao assunto tratado, contribuindo assim para a otimização de conteúdo e para uma experiência do usuário mais agradável.

Uma estrutura bem definida com H1 e H2 ajuda não só na compreensão dos visitantes, mas também possibilita aos robôs dos motores de busca entender melhor a hierarquia e a relevância do seu conteúdo, favorecendo um aumento de visibilidade nos resultados de pesquisa.

Oportunidades de links internos e de saída

Inserir links internos em seu conteúdo é uma técnica poderosa de SEO on page. Eles ajudam os usuários a navegar pelo seu site, aumentando a experiência do usuário e mantendo-os mais tempo nas suas páginas.

Isso mostra aos mecanismos de busca como as páginas do seu site são relacionadas entre si e quais têm mais relevância sobre determinados assuntos. Ao conectar artigos e seções diferentes com links internos, você fortalece o tráfego orgânico e ajuda a estruturar melhor o seu site, o que pode melhorar o ranqueamento no Google.

Links de saída também desempenham um papel crucial. Ao linkar para outros sites confiáveis, você oferece mais valor para seus leitores e cria redes que podem resultar em backlinks.

Estes são sinais positivos para os motores de busca, que interpretam esses links como um voto de confiança na qualidade do seu conteúdo. Contudo, certifique-se de que os links de saída são relevantes para o seu tópico e contribuem verdadeiramente para a otimização de conteúdo e a experiência do usuário.

Otimização das URLs

Depois de explorar as oportunidades de links externos e internos, é hora de direcionar a atenção para as URLs das suas páginas. URLs claras e diretas são fundamentais para o SEO on page.

Elas devem refletir o conteúdo da página e incluir palavras-chave relevantes para melhorar o ranqueamento no Google. Evite usar caracteres especiais, espaços ou strings confusas.

Em vez disso, opte por estruturas simples e compreensíveis que não só facilitam a leitura pelos usuários como também pelos motores de busca.

Mantenha suas URLs curtas, pois URLs longas podem dificultar o entendimento e diminuir a taxa de cliques. Utilize hífens para separar as palavras e garanta que cada URL seja única para cada página.

Isso evita conteúdo duplicado e ajuda na indexação do site pelos motores de busca, conduzindo a uma experiência do usuário melhorada e a um aumento na visibilidade online.

Otimização das title tags e meta description

Title tags e meta descrições são fundamentais para a otimização on-page, pois agem como o cartão de visita do seu site nos resultados de busca. Garanta que suas title tags sejam precisas e incluam as palavras-chave alvo. Elas devem também despertar a curiosidade do usuário e induzi-lo ao clique.

As meta descrições oferecem um breve resumo do conteúdo da página, influenciando diretamente na taxa de clique (CTR) nos resultados de pesquisa.

Elas devem ser atrativas e informativas, incluindo sempre palavras-chave relevantes para o ranqueamento no Google. A meta descrição funciona como um anúncio gratuito: aproveite para convencer os usuários de que sua página tem exatamente o que eles procuram.

Ao otimizar esses elementos, você ajuda o Google a compreender melhor o assunto da sua página, contribuindo para um melhor posicionamento e aumentando a visibilidade online de seu site.

Táticas avançadas de SEO on-page

Para se destacar ante os concorrentes, muitas vezes é necessário ir além do básico. A seguir, conheça algumas táticas avançadas para conquistar o topo do ranking. 

Featured Snippets

Conquistar um featured snippet (também chamado de posição zero) no Google pode ser um game-changer para o seu site. Estes blocos de informações aparecem no topo dos resultados de busca, dando destaque ao seu conteúdo antes mesmo do primeiro link orgânico.

Para chegar lá, você precisa otimizar suas páginas com respostas claras e diretas às perguntas mais frequentes dos usuários. Utilize parágrafos concisos, listas e tabelas, pois o Google prefere esses formatos para extrair os snippets.

Investindo na otimização para featured snippets, você não só melhora o ranqueamento no Google mas também aumenta a credibilidade do seu conteúdo. Isso porque se posicionar como a melhor resposta é um sinal de autoridade no assunto.

Schema Markup

Schema Markup é uma poderosa ferramenta de SEO on-page que comunica diretamente com os motores de busca. Através do uso de um código específico inserido no HTML, ele ajuda a explicar aos buscadores o significado dos dados contidos no site.

Imagine facilitar ao Google a compreensão do conteúdo das suas páginas, permitindo que informações como horários de funcionamento, avaliações de produtos e eventos sejam exibidos diretamente nos resultados de pesquisa.

Empregue schema markup para destacar aspectos únicos do seu conteúdo e melhore a experiência do usuário ao fornecer informações relevantes e ricas antes mesmo do clique.

Essa integração na estrutura do site não é apenas um diferencial, é essencial para quem busca intensificar sua visibilidade online. Sites otimizados com essa técnica tendem a se destacar na busca orgânica, pois oferecem resultados mais atrativos e informativos. 

Além de beneficiar o SEO, utilizar este recurso direciona tráfego qualificado para o site, pois atinge usuários já interessados na informação que você disponibiliza.

Velocidade da página

A velocidade da página é um fator crucial para manter os visitantes engajados e reduzir a taxa de rejeição. Sites que carregam rapidamente oferecem uma experiência do usuário mais satisfatória e são recompensados com um melhor ranqueamento pelo Google.

Otimize imagens, minimize códigos de CSS e JavaScript e use a compressão de arquivos para acelerar o tempo de carregamento. Além disso, considere usar uma rede de distribuição de conteúdo (CDN) para aumentar a rapidez com que as páginas são servidas aos usuários pelo mundo todo.

Implementar técnicas de SEO eficazes inclui garantir que seu site seja ágil em qualquer dispositivo. O tráfego orgânico pode crescer significativamente quando um site carrega instantaneamente, tornando a otimização da velocidade da página peça-chave na estratégia de SEO on-page.

Monitore regularmente o desempenho do site com ferramentas como Google PageSpeed Insights para identificar e corrigir possíveis problemas que retardam o carregamento das páginas.

Como indexar rapidamente uma otimização ou nova página

Indexar uma nova página ou otimização no Google pode significar mais visibilidade para um site. Aqui estão passos eficientes para acelerar esse processo:

  • Crie conteúdo atual e relevante, pois páginas com informações úteis são indexadas mais rapidamente;
  • Utilize as palavras-chave certas em seu texto para ajudar os motores de busca a entenderem sobre o que é a página;
  • Atualize seu sitemap e envie-o ao Google Search Console, isso facilita para os motores de busca encontrarem suas páginas;
  • Certifique – se de que o arquivo robots.txt não está bloqueando a indexação das novas páginas ou atualizações;
  • Compartilhe links da nova página em redes sociais e outras plataformas para gerar tráfego orgânico e atenção dos motores de busca;
  • Considere criar um link interno para a nova página a partir de outra já estabelecida e bem ranqueada no site;
  • Faça uso das tags de título atrativas e meta descrições claras, que são essenciais na hora da indexação pelo Google;
  • Garanta uma boa velocidade de carregamento da sua página, visto que páginas lentas tendem a ser indexadas por último;
  • Verifique se não há problemas técnicos como URLs duplicadas ou redirecionamentos incorretos. Corrija-os prontamente.

Para fazer o robô notar a sua página, você pode solicitar a reindexação a partir do Google Search Console.

Siga o passo-a-passo a seguir:

  1. Acesse a sua conta no Google Search Console
  2. Insira a URL que sofreu a melhoria no campo “Inspect”, no topo da tela, e tecle Enter
  3. Clique em “Solicitar indexação”.

Vale dizer que a SERP é atualizada diariamente, milhões de vezes por dia, portanto a sua atualização nunca levará mais do que alguns dias para ser feita. 

No entanto, caso haja a necessidade, este é um caminho seguro para garantir uma atualização rápida.

A recomendação é que esse método não seja utilizado de maneira corriqueira, mas sim pontualmente em caso de necessidade.

Como mensurar o engajamento do usuário em uma estratégia de SEO on-page?

Após a otimização (ou reotimização) das páginas de um site, é chegado o momento de avaliar os números para avaliar o desempenho da estratégia.

Isso representa a avaliação das  ações de SEO On-Page pela perspectiva do engajamento do usuário. Ou seja, o modo como o seu visitante se relaciona com a sua página.

Mas existe um passo anterior a isso: compreender como funciona a capacidade atenção do ser humano.

Estima-se que uma pessoa é capaz de manter a sua atenção em uma única ação durante 6 a 8 segundos.

Sendo assim, criou-se o que se chama de “a regra dos 7 segundos”. Isso quer dizer que você tem apenas 7 segundos para convencer o seu usuário a continuar no seu site.

Parece pouco, não é mesmo?

E é. A decisão de permanecer ou sair de um site é tomada no momento em que a pessoa o visita e, caso decida ficar, a atenção precisa ser constantemente renovada.

Lembre-se: o visitante está sempre a um clique de deixar o seu site.

Para dar ao usuário a melhor experiência e reter a sua atenção, é preciso pensar em que tipo de navegação ele terá ali dentro.

Navegação horizontal e vertical

Existem dois tipos de navegação: a vertical e a horizontal.

A vertical é aquela em que o conteúdo vai se aprofundando verticalmente, ou seja, enquanto você rola a página para cima.

Leitura de conteúdos extensos, posts de blog, artigos e portais de notícia geralmente possuem uma navegação vertical.

Já sites transacionais, como e-commerces, possuem uma navegação mais horizontal — os usuários passam de um produto a outro, de uma página a outra, navegando por categorias e dificilmente precisam chegar ao rodapé de uma página.

Para extrair o máximo potencial de cada navegação, atente-se aos seguintes pontos:

  • Um conteúdo vertical deve ter o máximo de rolagem e navegação para outras páginas (através de links internos, inclusive)
  • Um e-commerce deve favorecer o avanço do funil de vendas e gerar visualizações para o maior número possível de páginas por sessão.

As três primeiras dobras são as mais importantes

Voltando a um conceito mais geral, independentemente do tipo de navegação que o site oferece, é importante partir do princípio de que as três primeiras dobras são as mais importantes.

Na primeira dobra da página, como no exemplo acima, você tem aproximadamente 5 segundos para fazer a pessoa entender o que aquela página faz, traz e por que ela é única.

O primeiro parágrafo, como dito alguns tópicos acima, traz a resposta principal para o tema da página.

A partir da segunda dobra, é preciso ser o mais direto possível na exposição dos principais pontos do conteúdo e trazer informações relevantes.

A partir da terceira dobra, é preciso incentivar a navegação. Ou seja, fazer com que a pessoa visite mais e mais páginas do seu site.

Para saber se o engajamento do seu usuário está bom, o seu melhor amigo será o Google Analytics, a principal ferramenta de métricas relacionadas ao comportamento do usuário.

Algumas métricas que podem contribuir para a análise são: 

  • Taxa de cliques;
  • Tempo de permanência de página;
  • Taxa de rejeição;
  • Páginas por sessão;
  • Visitantes únicos;
  • Visitantes recorrentes;
  • Posição média de páginas do blog;
  • Taxa de conversão;
  • Tempo de carregamento de página.

Mapa de calor e análise de retenção

Para fazer uma análise consistente da retenção do seu conteúdo, uma das maneiras mais eficazes é fazer um mapa de calor das páginas.

Na Conversion é utilizada a Microsoft Clarity, ferramenta gratuita de análise de comportamento do usuário.

Para utilizar os dados do mapa de calor de maneira eficiente, foi criada a planilha de “análise de retenção”, que você pode ver na imagem abaixo:

Dentro da coluna “Retenção” são inseridos os dados mostrados pela ferramenta: a porcentagem de usuários que chegou até às seções de conteúdo listadas à esquerda.

Na coluna à direita, chamada de “Retenção Relativa”, que é calculada a retenção com relação ao bloco anterior, ou a retenção do público que já havia sido retido pela seção acima.

Com essa tabela é possível visualizar onde estão os maiores problemas do meu conteúdo, sinalizados pela cor vermelha nas retenções relativas menores.

Pode ser considerada uma boa retenção quando está acima de 80%, portanto, na tabela, as retenções abaixo deste número serão consideradas ruins.

À direita está a coluna de hipóteses, onde é possível pontuar os pontos fracos daquele bloco de conteúdo, estipulando assim o que pode ser melhorado e quais implementações devem ser feitas.

Conclusão

Contar com uma estratégia de SEO On-Page significa aumentar a visibilidade do site ou página a partir de um conjunto de técnicas que exigem constantes atualização. Portanto, é parte fundamental do trabalho de um analista fazer revisões com frequência.

Esperamos que a leitura deste conteúdo possa trazer bons insights à sua estratégia de SEO e, principalmente, que as suas implementações destravem o seu potencial de busca orgânica.

ceira linha da tabela:

analise competitiva

As linhas seguintes classificam estes tópicos, dentro das páginas, em “Trabalhados”, “Mencionados”, “Nõo citados” e “Exclusivos”.

Ao inserir, nas colunas seguintes, quantos destes tópicos se encaixam em cada uma destas classificações, a tabela gera um score para cada site.

Neste exemplo específico, o Meu Site fez apenas 7 pontos, enquanto o Concorrente A fez 39 e, o Concorrente B, 36.

Fica claro, então, que o Meu Site está muito atrás destes dois concorrentes. Enquanto, entre eles, o A está a frente do B.

Ao analisar quais tópicos não foram citados ou trabalhados, temos uma visão geral mais ampla do que deve ser melhorado e otimizado dentro destes textos.

Ao olhar para todas estas informações, é importante entrar mais profundamente em um conceito fundamental de copywriting: a Big Idea.

Big Idea da página

Big Idea é um conceito de copywriting que se refere ao grande diferencial da sua página.

Em outras palavras, a sua Big Idea é, literalmente, a sua grande ideia: o principal tema por trás dos seus conteúdos e a mensagem que a sua página deseja transmitir aos seus usuários.

Este conceito, muito aplicado à campanhas de marketing, também pode facilmente ser aplicado ao SEO quando trabalhamos com a ideia de argumento principal de uma determinada página ou site.

Após uma análise textual quantitativa, como a que vimos acima, a Big idea é uma forma qualitativa de avaliar os seus conteúdos.

Aqui, o objetivo é trabalhar na grande solução oferecida por uma página e determinar por que ela é a melhor para a sua intenção de busca.

Para isso, será necessário estar a frente nos seguintes pontos:

  • Diferencial;
  • Preços mais baixos;
  • Informações mais completa;
  • Informações atualizadas;
  • Exclusividade em produtos, informações e outras vantagens.

A partir das boas práticas aplicadas aos tópicos acima, você será capaz de comunicar a sua Big Idea para o seu usuário de modo recorrente.

E este é um conceito de suma importância: a sua Big Idea deve ser comunicada o tempo todo.

Como consequência, você será capaz de trazer à SERP e ao seu usuário uma página únicamelhor que todas as outras e que terá, deste modo, mais chances de chegar à primeira posição no Google.

Agora que já trabalhamos conceitualmente o que deve ser feito, vamos à prática do SEO On-Page

Começando do começo: URL amigáveis e elegantes

As URLs são um dos elementos visíveis de um site mais importantes em SEO. E, para trabalhá-las bem, é preciso compreender um conceito elementar sobre elas: o de que as URLs são uma unidade básica.

Cada página que existe na web possui um endereço específico (URL) e, teoricamente, uma página só deveria ser acessível através de um único endereço.

Toda URL deve representar um único conteúdo e todo conteúdo único deve ser acessado por uma única URL

Veja, abaixo, todos os elementos que compõem uma URL:

Anatomia de URL

Em oposição, veja o que uma URL não deve ter, ou o que deve ser evitado:

  • HTTP não-seguro;
  • Extensão excessivamente longa;
  • Parâmetros (atributos que personalizam URLs com filtros, quando aplicável).

Exemplos:

https://loja.dominio.com.br/categoria/?filtro=preco-mais-baixo
https://www.meublog.com.br/blog.php?post=343434

Os erros descritos acima não impedirão um site de ser ranqueado, mas prejudicarão significativamente as chances de alcançar boas posições porque não transmitem segurança ao usuário.

Em alguns casos, no entanto, os parâmetros serão inevitáveis, principalmente no caso de e-commerces.

Por conta das buscas feitas dentro do site e das páginas de categorias, alguns conteúdos são comumente acessíveis a partir de mais URLs, principalmente por parâmetros de filtro.

Para tangibilizar o conceito, veja a URL da categoria “Galaxy S”  dentro do site das lojas Americanas:

https://www.americanas.com.br/categoria/celulares-e-smartphones/smartphone/samsung-galaxy/galaxy-s

Imagine que, dentro desta página, eu filtrei os resultados por menor preço.

Por conta da realocação dos produtos, a página agora possui a seguinte URL, que inclui um parâmetro de filtro ao final (negrito):

https://www.americanas.com.br/categoria/celulares-e-smartphones/smartphone/samsung-galaxy/galaxy-s?viewMode=list&sortBy=lowerPrice

Perceba que eu estou na mesma página, vendo os mesmos produtos, com a única diferença sendo a posição em que eles estão dispostos. 

Neste caso, uma única página pode possuir duas ou mais URLs, o que exige uma ação para que elas não sejam vistas como conteúdo duplicado pelo Google. Este é nosso próximo assunto.

Canonize URLs duplicadas: a solução para conteúdos duplicados

Para que as páginas de um e-commerce acessíveis por mais de uma URL não sejam punidas como conteúdo duplicado pelo algoritmo dos buscadores, é necessário canonizá-las.

Essa implementação também pode ser vista como uma ação de SEO Técnico, mas é fundamental para evitar que as páginas de uma loja virtual não percam posições desnecessariamente e para que o conceito de página única esteja bem claro.

Na prática, canonizar uma página significa incluir uma tag canonical para a página de origem, indicando que aquele conteúdo não é duplicado, mas relacionado à sua fonte e à uma página oficial que deve ser mostrada no Google.

URL Canonization

No código fonte da URLs das Lojas Americanas que possui o parâmetro de filtro, indicada algumas linhas acima, podemos encontrar a seguinte marcação:

rel=”canonical” href=”https://www.americanas.com.br/categoria/celulares-e-smartphones/smartphone/samsung-galaxy/galaxy-s”/>

Essa tag é incluída na seção <head> do HTML de uma página.

Qual a melhor estrutura de URL?

Dito tudo isso, qual é, afinal, a melhor estrutura para uma URL?

Apesar de haver algumas boas práticas, a melhor estrutura para uma URL, porém, depende do contexto em que o site está inserido e das possibilidades do que pode ser feito.

A questão do CMS utilizado, por exemplo, é um fator de influência. 

Para sites que usam o WordPress, há uma alta flexibilidade na edição de URLs. Para sites que utilizam a plataforma Vtex, porém, essa flexibilidade é bem menor.

Além das capacidades técnicas, as melhores URLs, de modo geral, são aquelas que possuem o slug o mais próximo possível do domínio, como o modelo abaixo:

https://www.loja.com.br/galaxy-s

Quanto mais curto o caminho entre o domínio e o slug, tanto melhor.

Agora que você já pensou nos seus concorrentes e já sabe como estruturar as URLs das suas páginas, chegou a hora de pensar no conteúdo destas páginas, o que nos leva ao nosso próximo assunto…

Conteúdo

Nos últimos anos, o conteúdo vem se tornando um tema cada vez mais complexo em SEO.

Não porque desenvolver bons conteúdos é difícil, mas porque a importância deste elemento dentro de uma página, e do site como um todo, está cada vez maior.

Ao cruzar conteúdo com experiência do usuário, por exemplo, essa complexidade vai ainda além.

É por isso que falar sobre poder do copywriting vem se tornando cada vez mais comum entre profissionais de SEO.

Hoje, basicamente, o conteúdo de uma página e a experiência que ele oferece é o que determina o sucesso ou o insucesso de uma página na web.

Em outras palavras, é preciso, o tempo todo, convencer o seu usuário a continuar lendo o seu conteúdo.

Podemos fazer um paralelo disso com uma série ou uma novela, por exemplo, em que toda vez que um ponto-chave é solucionado, descobre-se outro a ser revelado. E, assim, sucessivamente a atenção do expectador é novamente presa pela trama.

Com o seu conteúdo deve ocorrer o mesmo: do início ao fim da sua página, você precisa estar preparado para, a cada segundo, renovar o desejo do seu usuário de navegar pelo seu site.

Isso não é impossível, no entanto. Vem criando-se, daí, uma necessidade de capacitação e formação de profissionais de copywriting para times de SEO.

Além das técnicas de copywriting, é claro, há outros elementos de conteúdo a serem trabalhados para que a sua página possua um conteúdo super interessante.

Blocos de conteúdo 

Conferir uma unidade individual a cada um dos seus blocos de conteúdo é um deles.

Imagine que, ao construir um conteúdo extenso, você esteja sempre obrigando o usuário a ter compreendido o bloco anterior para conseguir entender o bloco posterior.

Diferentemente de um romance literário, em que você não pode iniciar a leitura a partir da metade do texto, um blog post deve permitir que o seu usuário comece sua leitura pelo tópico que mais lhe interessa.

Quando falamos de conteúdos épicos, que geralmente são utilizados como conteúdos de consulta, inclusive com trechos destacados na própria SERP, essa necessidade é ainda mais pontual.

Escaneabilidade

escaneabilidade de um conteúdo está muito ligada à independência dos blocos de texto, uma vez que é ela quem permite ao usuário compreender os tópicos trabalhados pelo seu conteúdo apenas passando os olhos por ele.

Uma boa escaneabilidade exige que o conteúdo esteja muito bem estruturado, com blocos de título simples e direto, com informações bem hierarquizadas e com uma finalidade clara.

Uma boa escaneabilidade diminui consideravelmente a taxa de rejeição de uma página.

Conteúdo mobile-first

Um dos problemas essenciais dos conteúdos hoje é a sua baixa aplicabilidade à telas mobile.

De forma geral, todas as vezes em que um conteúdo é desenvolvido, ele é desenvolvido em um computador desktop ou notebook. 

Por instinto, é muito comum que a sua leitura seja mais adequada a estes dispositivos, mas isso é um erro. 

Estes conteúdos não serão lidos em desktop, mas em sua maioria, em dispositivos mobile, principalmente smartphones.

Uma das maneiras mais eficazes de adequar o seu conteúdo às telas pequenas é escrevendo blocos de texto mais enxutos, evitando o excesso de linhas.

Conteúdos diretos: a pirâmide invertida

A partir de testes e experimentos que tenho feito em SEO, uma das descobertas mais efetivas que tive é a de que, cada vez menos, as pessoas suportam enrolações em conteúdos para web.

É comum que os textos sejam iniciados com longos parágrafos introdutórios transmitindo o tom e a mensagem geral do que será desenvolvido abaixo, mas isso abaixa muito a taxa de retenção de uma página.

Portanto, é importante salientar: construa textos que já comecem diretamente no ponto de dor do seu usuário. A essa organização damos o nome de pirâmide invertida.

Pirâmide Invertida

Na base da pirâmide, que está no topo da imagem, estão todas as informações mais importantes sobre aquele tema.

Conforme o texto vai se desenvolvendo, ficam abaixo as informações menos importantes, mas que também podem complementar a informação transmitida.

Uma boa maneira de implementar este conceito é usando o que chamamos de content leads: um pequeno bloco de texto no início do conteúdo, geralmente em destaque, que traz, logo de cara, a resposta para a pergunta do usuário.

Veja, abaixo, o content lead do nosso conteúdo sobre palavras-chave.

Problemas de conteúdo

Existem muitas boas práticas de conteúdo que podem ajudar o seu site a ser melhor reconhecido pelo Google, mas há também um grande número de problemas de conteúdo que podem rebaixar essa avaliação.

Abaixo, listaremos os problemas de conteúdo mais comuns afim de que você possa evitá-los na hora de desenvolver as suas páginas, ou corrigi-los ao fazer uma auditoria On-Page no seu site.

1. Conteúdo duplicado

Se o seu conteúdo está duplicado por uma questão técnica de URLs, como vimos acima, isso se resolverá com a aplicação da tag canonical.

Mas esta não é a única origem de conteúdos duplicados na web. Há, também, muita cópia e plágio.

De modo geral, o Google tende a privilegiar o conteúdo original, identificado que ele foi publicado primeiro, mas essa não é uma regra.

Infelizmente, esse problema deve ser resolvido por vias além do SEO.

2. Thin Content

O conceito de thin content, ou conteúdos muito curtos, foi criado há alguns anos e, primordialmente, se refere a conteúdos que possuem abaixo de 500 palavras.

Os conteúdos curtos, ou finos, prejudicam a experiência do usuário dentro de uma página, em geral oferecendo conteúdos pobres que possuem alta taxa de rejeição.

3. Conteúdos desatualizados

Outro tipo de conteúdo que prejudica muito a experiência do usuário dentro de uma página são os conteúdos desatualizados, ou que não fazem mais sentido dentro daquele contexto.

Uma maneira muito eficaz de acabar com este problema é o content prunning, uma técnica que consiste em revisar periodicamente o seu site e eliminar conteúdos que não agregam mais valor à sua estratégia.

“Limpar a casa” antes de implementar novas otimizações é uma maneira de trazer mais clareza às ideias e de identificar com mais facilidade quais são as deficiências mais importantes a serem trabalhadas.

Heading tags

Se você já é um profissional de SEO, o conceito de heading tags provavelmente é muito familiar para você.

As heading tags nada mais são do que tags que hirarquizam as informações do conteúdo, indo da mais importante, H1, às menos importantes, H3 em diante.

De forma prática, dentro de um conteúdo, as heading tags se aplicam da seguinte maneira:

heading tags

Essa subdivisão é necessária para que não só o usuário compreenda melhor o tema do seu conteúdo, mas o robô do Google também: é ele quem consegue ler essas marcações internas e fazer uma leitura dinâmica da sua página a partir de sua estrutura.

Imagens

As imagens também não podem ficar de fora do que compreendemos como conteúdo em SEO On-Page.

Para isso, algumas boas práticas são fundamentais e fazem parte do que chamamos de SEO para Imagens.

Abaixo, listarei os principais pontos a serem otimizados nas imagens do seu site:

1. ALT

Este é o principal elemento em uma imagem. O alt é o texto alternativo que caracteriza uma imagem dentro do código fonte de uma página e deve ser o mais descritivo possível.

Bons exemplos de alts podem ser encontrados em bancos de imagens, como iStock, para citar um exemplo. 

Esses sites costumam depender muito do SEO para imagens para conquistar visitas, portanto são habitualmente boas fontes de descrições nos títulos de suas imagens.

2. Nome do arquivo

Este é um ponto frequentemente ignorado pelos administradores de sites, mas o nome do seu arquivo pode representar um impacto no ranqueamento das suas imagens.

De modo geral, possuir um nome genérico, como um conjunto de números e letras, não impedirá a sua imagem de alcançar uma posição razoável, mas um nome descritivo e preciso pode ser ainda melhor.

3. Formato da imagem 

Até algum tempo atrás, publicar imagens em .png era o suficiente para garantir uma boa qualidade de exibição em diferentes dispositivos de leitura.

Hoje em dia, em dispositivos mais modernos, por exemplo, já é comum que as imagens neste formato fiquem estouradas a depender da tela em que são vistas.

Para evitar este problema, a melhor prática é utilizar uma extensão que não perca qualidade, como o SVG — ou Scalable Vector Graphics: um formato adaptável a qualquer tamanho de tela que permite que uma imagem seja manipulada infinitamente sem perda qualidade.

Além de não perder sua qualidade de exibição, o SVG é um formato super leve, o que não prejudica o desempenho do carregamento do seu site.

4. Tamanho do arquivo

Apesar de todas as vantagens descritas acima, infelizmente o formato SVG só é aplicável a ilustrações (ícones, logos, imagens que ilustram alguma ideia, etc).

Se o seu conteúdo precisa de muitas fotos, como um e-commerce que precisa expor uma grande quantidade de fotografias dos seus produtos, ainda será preciso utilizar um formato inferior, como .png ou .jpg, por exemplo.

No entanto, há uma maneira de minimizar as desvantagens destes formatos mantendo o tamanho das suas fotos sempre abaixo de 100kbs.

É claro que, dependendo da situação, algumas imagens não se encaixarão dentro deste limite, mas é importante que os benefícios de se quebrar essa regra sejam maiores que os malefícios.

Para comprimir o tamanho das suas imagens ou redimensioná-las, você pode usar as seguintes ferramentas:

Links Internos

Sempre falou-se muito, em SEO, sobre a importância dos links internos para o sucesso de uma estratégia.

Eu, particularmente, sempre concordei com isso, inclusive por ser uma ação de fácil aplicação que sempre trouxe bons resultados.

Para avaliar em dados o impacto dos principais fatores de ranqueamento, inclusive a linkagem interna, fizemos, em 2020, o maior estudo sobre SEO do Brasil, analisando mais de 94 milhões de buscas mensais.

Para ter acesso a todas as nossas conclusões, acesse o estudo completo aqui, mas, voltando aos links internos

Gráfico

Neste estudo, descobrimos uma relação muito interessante entre linkagem interna e boas posições na SERP.

Como você pode ver acima, existe uma correlação clara entre páginas que possuem mais links internos e a primeira posição no Google.

Mais especificamente, nosso estudo concluiu que os primeiros resultados da SERP para mais de 1.300 palavras-chave possui, em média, 19 links internos.

Mais recentemente, em um dos meus últimos experimentos de SEO, duas páginas nos chamaram a atenção por seus resultados positivos obtidos com links internos.

Em ambas as páginas foram otimizadas palavras-chave de alta concorrência para topo de funil, ou seja, palavras com maior quantidade de busca.

Na primeira delas, a posição subiu da 16ª posição, já na segunda página, para 10ª posição, na primeira página.

A segunda página otimizada subiu da 18ª para a 11ª posição, e tudo isso somente com linkagens internas!

Agora, se você deseja montar uma estratégia de links internos e começar a ver estes resultados no seu site, o primeiro passo é buscar oportunidades de linkagem.

Para encontrar estas oportunidades, faça uma busca no Google pela sua palavra-chave principal a ser otimizada + site:seusite.com.br

Essa pesquisa exibirá todas as páginas do seu site que mencionam a sua palavra-chave e, caso não haja uma linkagem interna, você poderá fazê-la.

Para buscar por oportunidades de links internos para a palavra [e-commerce], nossa busca foi feita da seguinte maneira:

[e-commerce site:conversion.com.br]

Ao encontrar estes resultados você poderá analisar essas menções e escolher, de acordo com a sua estratégia e objetivo, quais podem ser boas fontes de links internos.

Vale salientar, no entanto, que links em páginas de blog, por exemplo, são mais valiosos do que links navegacionais (ou seja, em botões).

Snippet

Seguindo com os nossos tópicos, chegamos a uma das mais comuns e populares otimizações em SEO: a otimização de snippets.

Os snippets são nada menos do que os resultados que aparecem no Google. Ou, pelo menos, a parte visível ao usuário.

Em outras palavras, o título, a URL e a descrição que o seu site exibe no Google compõem o seu snippet e é um erro presumir que ele não possa ser constantemente melhorado.

Snippet

Título

O primeiro ponto de atenção, e também a parte mais preponderante do seu snippet, é o seu título.

Snippet 5

Para ter um bom título na SERP é preciso garantir que a principal palavra-chave deste título está o mais à esquerda possível, mesmo que ela não possa ser a primeira palavra deste título.

Snippet 3

Isso é importante porque é este o local em que o olho do usuário passa primeiramente, colocando a sua palavra-chave em evidência na hora em que ele escaneia a SERP.

Uma segunda observação importantíssima sobre estes títulos é que, por mais que você os escreva, o Google pode Reescrevê-los.

Isso acontece porque o algoritmo compreende que, quando o elemento title e o H1 da página não batem, isso pode ser uma tentativa de manipulação. Ou uma discrepância que pode prejudicar a experiência do usuário.

Em 2021 o Google lançou um update que intensificou essa prática, o Google Title Tag Update.

Se você precisa otimizar os seus titles, uma ferramenta chamada Zyppy pode ser grande aliada: o Zyppy conecta-se com a sua conta no Search Console, gera um title score para os seus títulos da SERP e permite que você os edite em um só lugar.

Algumas técnicas de copywriting também pode ser úteis na hora de redigir os seus títulos. Ao utilizar os famosos gatilhos mentais você aumentar as chances do seu título chamar a atenção do leitor.

Palavras-chave como “novo”, “melhor”, “guia definitivo” e outras podem funcionar bem desde que, é claro, façam sentido para o seu usuário.

Meta Description

Como falamos alguns tópicos acima sobre otimização de URLs, trabalharemos agora com as meta descriptions, outro elemento importantíssimo do seu snippet.

Apesar de não ser necessariamente um fator de ranqueamento, as meta descriptions desempenham um papel fundamental na hora de atrair a atenção e o clique do seu leitor, contribuindo ativamente para o aumento ou a queda do seu CTR na SERP.

O CTR, ou Click Through Rate do seu site, por sua vez, tem grande influência no seu ranqueamento.

Para complementar a sua meta descrição, incluir uma thumb também pode fazer o seu resultado se destacar dos seus concorrentes.

thumb serp mobile

Após implementar as otimizações citadas acima, vamos ao nosso próximo tópico.

Afinal, como indexar rapidamente uma otimização ou nova página?

Imagine que, ao fazer uma auditoria do seu site, você identificou um grande erro a ser corrigido.

Você corrigiu este erro, mas… como fazer o Google perceber isso o mais rápido possível?

Para fazer o robô notar a sua página, você pode solicitar a reindexação a partir do Google Search Console.

Siga o passo-a-passo a seguir:

  1. Acesse a sua conta no Google Search Console;
  2. Insira a URL que sofreu a melhoria no campo “Inspect”, no topo da tela, e tecle Enter;
  3. Clique em “Solicitar indexação”;

Vale dizer que a SERP é atualizada diariamente, milhões de vezes por dia, portanto a sua atualização nunca levará mais do que alguns dias para ser feita. 

No entanto, caso haja a necessidade, este é um caminho seguro de garantir uma atualização rápida.

Não recomendamos que esse método seja utilizado de maneira corriqueira, mas sim pontualmente em caso de necessidade.

Métricas & Engajamento do Usuário

Para concluir este e-book, chegamos finalmente em como avaliar e metrificar tudo o que aprendemos anteriormente.

Isso significa pensar todas as ações de SEO On-Page pela perspectiva do engajamento do usuário, ou seja, o modo como o seu visitante se relaciona com a sua página.

Mas existe um passo anterior a isso: compreender como funciona a capacidade de prestar atenção de um ser humano.

Estima-se que uma pessoa é capaz de manter a sua atenção em uma única ação durante 6 a 8 segundos.

Sendo assim, criou-se o que chamamos de a regra dos 7 segundos: você tem apenas 7 segundos para convencer o seu usuário a continuar no seu site.

Parece pouco, não é mesmo?

E é. A decisão e ficar ou sair de um site é tomada no momento em que a pessoa o visita e, caso ela decida ficar, essa atenção precisa ser constantemente renovada.

Lembre-se sempre: o seu visitante está sempre a um clique de deixar o seu site.

Para dar ao seu usuário a melhor experiência e reter a sua atenção, é preciso pensar em que tipo de navegação ele terá ali dentro.

Navegação horizontal e vertical

Existem dois tipos de navegação: a vertical e a horizontal.

A vertical é aquela em que o conteúdo vai se aprofundando verticalmente, ou seja, enquanto você rola a página para cima.

Leitura de conteúdos extensos, posts de blog, artigos e portais de notícia geralmente possuem uma navegação vertical.

Já sites transacionais, como e-commerces, possuem uma navegação mais horizontal — os usuários vão passando de um produto a outro, de uma página a outra, navegando por categorias e dificilmente precisam chegar ao rodapé de uma página.

Para extrair o máximo potencial de cada navegação, atente-se aos seguintes pontos:

  • Um conteúdo vertical deve ter o máximo de rolagem e navegação para outras páginas (através de links internos, inclusive);
  • Um e-commerce deve favorecer o avanço do funil de vendas e gerar visualizações para o maior número possível de páginas por sessão.

As três primeiras dobras são as mais importantes

Voltando a um conceito mais geral, independente do tipo de navegação que o seu site está oferecendo, é importante partir do princípio de que as três primeiras dobras são as mais importantes.

Na primeira dobra da página, como no exemplo acima, você tem aproximadamente 5 segundos para fazer a pessoa entender o que aquela página faz, traz e por que ela é única.

O primeiro parágrafo, como dito alguns tópicos acima, traz a resposta principal para o tema da página.

A partir da segunda dobra, é preciso ser o mais direto possível na exposição dos principais pontos do conteúdo e trazer informações relevantes.

A partir da terceira dobra, é preciso incentivar a navegação. Ou seja, fazer com que a pessoa visite mais e mais páginas do seu site.

Para saber e o engajamento do seu usuário está bom, o seu melhor amigo será o Google Analytics, a principal ferramenta de métricas relacionadas ao comportamento do usuário.

Entre as minhas métricas favoritas estão as páginas mais vista do site e o tempo de permanência dentro delas, um indicador muito fiel da taxa de retenção de um conteúdo.

Mapa de calor e análise de retenção

Para fazer uma análise consistente da retenção do seu conteúdo, uma das maneiras mais eficazes é fazer um mapa de calor da sua página.

Aqui na Conversion utilizamos a Microsoft Clarity, ferramenta gratuita de análise de comportamento do usuário.

Para utilizar os dados do mapa de calor de maneira eficiente, eu criei a planilha de “análise de retenção”, que você pode ver na imagem abaixo:

Dentro da coluna “Retenção” são inseridos os dados mostrados pela ferramenta: a porcentagem de usuários que chegou até às seções de conteúdo listadas à esquerda.

Na coluna à direita, chamada de “Retenção Relativa”, calculamos a retenção com relação ao bloco anterior, ou a retenção do público que já havia sido retido pela seção acima.

Com essa tabela é possível visualizar onde estão os maiores problemas do meu conteúdo, sinalizados pela cor vermelha nas retenções relativas menores.

Aqui consideramos uma boa retenção quando ela está acima de 80%, portanto, na tabela, as retenções abaixo desde número serão consideradas ruins.

À direita está a coluna de hipóteses, onde podemos pontuar os pontos fracos daquele bloco de conteúdo, estipulando assim o que pode ser melhorado e quais implementações devem ser feitas.