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Diferença entre e-commerce e marketplace: quais são, como cada um funciona e qual a melhor opção?

A diferença entre e-commerce e marketplace é que o e-commerce é uma loja online individual onde uma empresa vende diretamente ao consumidor, controlando todo o processo de venda. Já o marketplace é uma plataforma que reúne diversas marcas, que oferece seus produtos em um único site.

Muita gente deseja empreender pela Internet por se tratar de um ambiente extremamente prático e amplo, com um potencial enorme de alcançar diversos públicos. Neste contexto, para escolher o melhor formato de negócio, surgem algumas dúvidas. 

Saber qual a diferença entre e-commerce e marketplace é uma delas. O crescimento das vendas online já não é segredo para ninguém. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) até 2028 o Brasil terá mais de 107 milhões de compradores online. 

Paralelo a isso, a previsão é de um faturamento de mais de 277 bilhões para as lojas virtuais. Nesse cenário, alguns eventos específicos do ano impulsionam ainda mais as conversões, como a Black Friday e o Natal, por exemplo. 

Toda essa quantia relacionada à compra online é direcionada, em sua maioria, para os sites de marketplace e para as plataformas de e-commerce. No entanto, não é todo mundo que conhece as principais diferenças entre eles. Então, siga com sua leitura e descubra quais são elas!

Qual o conceito de e-commerce e de marketplace?

Antes de saber quais são as diferenças entre e-commerce e marketplace, é preciso entender em que se baseiam esses modelos.

O que é um e-commerce?

O e-commerce nada mais é do que uma loja online em que uma marca comercializa suas mercadorias virtualmente. Nesse quadro, tanto uma pequena loja virtual como uma gigante do setor de comércio eletrônico, como o Magalu, são exemplos de e-commerce. 

No e-commerce, todo o processo de compra e entrega acontece na plataforma. Sendo assim, a empresa em questão só comercializa os itens que façam parte de seu nicho e que estejam em estoque próprio. 

O que é um marketplace?

Já o marketplace, é composto por diversas e diferentes lojas virtuais que apresentam mercadorias de diferentes marcas. Logo, um marketplace conta com muitos mais produtos do que um e-commerce. 

De forma simplificada, no marketplace, o cliente compra do dono do varejo mercadorias de outras marcas. Logo, esse modelo de negócios funciona como uma espécie de shopping center virtual. 

Quais são os tipos de Marketplace?

Existem diferentes tipos de marketplace para seu negócio. Entenda quais são essas opções.

Marketplace independente 

O marketplace independente tem como base para seu modelo de negócios o comércio B2B (empresas para empresas). Nessa plataforma, as companhias compradoras e vendedoras de um mesmo segmento são conectadas para realizar cotações e finalizar a compra.

Marketplace voltado ao fornecedor

Esse tipo de marketplace é administrado por um grande número de fornecedores, que estabelecem um canal de vendas cujo objetivo é de aumentar o alcance e a visibilidade dos consumidores.

Marketplace voltado para o comprador

Ideal para compradores que buscam redução de gastos conseguindo um bom preço de fornecedores, esse tipo de negócio é administrado por um consórcio de compradores, cujo objetivo é conquistar um ambiente de compras mais eficiente.

Marketplace vertical

Nesse modelo de marketplace, os fornecedores ofertam seus produtos para um segmento específico. Assim, o principal objetivo é otimizar tanto a compra quanto a venda, reduzindo custos sem perder eficiência.

Marketplace horizontal

Aqui, diferentes compradores e vendedores se conectam, otimizando as transações entre eles. Fácil entender essas propostas, não é mesmo? Continue lendo para descobrir, agora, quais são as diferenças entre e-commerce e marketplace. 

Quais são as diferenças entre e-commerce e marketplace? 

Confira, agora, quais são as principais diferenças entre e-commerce e marketplace. 

1. Visibilidade

Para quem está iniciando agora, a visibilidade é um assunto bem pertinente. Isso porque alcançar um grande público de compradores em potencial não acontece de uma hora para a outra em um e-commerce. Exceto caso você invista muito em técnicas de marketing, por exemplo. 

O cenário é diferente se optar por vender em um marketplace. Afinal, esse ambiente gera um tráfego de pessoas bastante significativo. Logo, se sua dúvida é ter um site próprio ou fazer parte de um marketplace, para ter visibilidade, a segunda opção é mais atrativa. 

2. Investimento

Começar um e-commerce do zero exige um alto investimento. Afinal, é preciso que sua loja online tenha uma boa infraestrutura. Ou seja, além de pessoal, você terá que contratar diversas soluções, como uma boa plataforma de e-commerce, plataforma de pagamentos, ferramentas de atendimento ao cliente e também em recursos para garantir o seu sistema logístico. 

Já em um marketplace a exposição dos produtos fica por conta da plataforma, contribuindo com processos que anteriormente seriam de responsabilidade exclusiva do e-commerce. 

3. Lucro

Nesse contexto, tanto um site próprio como um marketplace podem apresentar lucro. Dessa forma, é preciso realizar uma análise. Isso porque, pelo e-commerce, o lucro só pertence a você. No entanto, atingir um elevado volume de vendas leva um certo tempo.

Enquanto isso, é possível vender mais ao fazer parte de um marketplace. Porém, é preciso pagar uma taxa de comissão referente a cada venda realizada. Além disso, um marketplace permite a compra de diferentes produtos, de diferentes vendedores, em um único pagamento. Assim, a própria plataforma faz a divisão dos valores para cada vendedor. 

4. Segurança

Ter um e-commerce seguro e com boas práticas antifraude, preparado para ataques representa é essencial tanto para o cliente, quanto para o vendedor. 

Sendo assim, para não ter prejuízo financeiro ou manchar sua reputação no mercado, é essencial investir em sistema antifraude que protegem todas as suas operações e transações. Já em um marketplace, é ele responsável por garantir essa segurança. 

5. Marketing

Para um e-commerce, as estratégias são focadas em construir uma marca sólida e uma experiência de compra personalizada. Isso envolve a criação de um site amigável e visualmente atraente, otimização para motores de busca (SEO), campanhas de marketing digital direcionadas, e um atendimento ao cliente eficiente. 

Além disso, é preciso ter o controle total sobre a apresentação e a precificação dos seus produtos, permitindo uma maior flexibilidade na criação de promoções e estratégias de fidelização de clientes. Por outro lado, as estratégias de um marketplace concentram-se em atrair tanto vendedores quanto compradores para a plataforma. 

Isso exige um investimento significativo em marketing para aumentar a visibilidade e a reputação, garantindo que ele seja visto como um local confiável e popular para compras. A plataforma deve oferecer ferramentas e suporte, facilitando o processo de listagem de produtos, gerenciamento de inventário e atendimento ao cliente.

6. Produtos

A principal diferença entre esses modelos está na forma como os produtos são oferecidos e gerenciados. No e-commerce, a empresa é responsável por todo o processo, desde a seleção de produtos até o estoque, atendimento ao cliente, processamento de pagamentos, e a definições das próprias políticas de preços, promoções e serviços.

No marketplace, a gestão do estoque e a responsabilidade pelo atendimento ficam a cargo de cada vendedor, embora ele possa oferecer suporte em termos de pagamentos e logística.

 7. Logística

O e-commerce lida com todo o processo logístico, desde o recebimento e armazenamento dos produtos até a embalagem e entrega ao cliente final. Isso envolve a gestão de um estoque centralizado, onde os produtos são mantidos em armazéns pela própria empresa.

No marketplace, o logista deve coordenador sua própria logística. O gerenciamento de estoque, embalagem, e envio dos produtos é feito individualmente por cada um.

8. Competitividade

A competitividade de um e-commerce vem do fato de que você pode criar uma identidade de marca única e oferecer uma experiência personalizada aos seus clientes. No entanto, isso também significa que você é responsável por atrair tráfego para o seu site, o que pode exigir investimentos significativos em publicidade e SEO. 

No marketplace, a vantagem competitiva é o grande volume de tráfego que essas plataformas já atraem, o que pode aumentar significativamente a visibilidade dos seus produtos. Mas a competição interna é intensa, pois muitos lojistas estão oferecendo produtos semelhantes; então, você terá menos controle sobre a apresentação e poderá estar sujeito a taxas e comissões cobradas.

E-commerce ou marketplace: vantagens e desvantagens

Agora que já conhece as diferenças entre esses dois modelos, pode surgir a dúvida: e-commerce ou marketplace, qual escolher? Por isso, apresentamos as vantagens e desvantagens de cada opção.

Vantagens do e-commerce

Quando de trata de ecommerce, algumas vantagens se destacam em relação ao marketplace, e podem gerar um maior interesse para determinados negócios

Se você é o detentor do domínio e da plataforma, sua liberdade pode ser uma grande arma para seu negócio. Sem a necessidade de seguir regras de terceiros, você pode realizar testes, oferecer qualquer tipo de produto e não precisará pagar as comissões cobradas em marketplaces.

Por isso, o potencial de um e-commerce é bem grande, dependendo apenas de seu investimento e estratégias.

Caso possua uma loja física e queira migrar seu negócio para o online, uma grande vantagem do e-commerce está no fato de que as compras podem ser feitas em qualquer horário ou lugar, necessitando apenas de um aparelho com acesso a internet. Assim, o alcance de público e a comodidade são bem maiores do que uma loja física, aumentando o potencial de vendas. 

Desvantagens do e-commerce

Se tratando das desvantagens de uma loja virtual, o principal problema está nas dificuldades iniciais, seja nos investimentos necessários para o início do negócio quanto na dificuldade para trazer tráfego. 

Ao dar início à loja, gastos como compra de domínio e desenvolvimento do site estão sempre presentes, além de gastos com as constantes manutenções. 

Mas o tráfego não vem automaticamente após a criação do negócio. Estratégias de investimento em anúncios e SEO são importantes para atrair novos visitantes para comprar seu produto. 

Vantagens do marketplace

Se uma das dificuldades do e-commerce está na dificuldade para atrair clientes, uma das principais vantagens do marketplace está na presença de milhares de pessoas interessadas em produtos e serviços. Todo o investimento inicial para abrir seu negócio e atrair clientes se torna desnecessário, diminuindo os custos da operação.

Desvantagens do marketplace

Por outro lado, a principal vantagem do e-commerce também é a maior desvantagem do marketplace, que é a dependência da plataforma de venda. Dentro da plataforma, é necessário seguir as regras e pagar as comissões estipuladas pelo site, diminuindo o lucro de cada transação.

Também é necessário ter em mente que as políticas de um marketplace podem sofrer alterações, causando danos ao negócio. 

Quais são os métodos de pagamento usados em cada modelo?

Existem várias opções de pagamento amplamente utilizadas que os lojistas devem considerar. Integrar gateways de pagamento confiáveis facilita as transações, garantindo segurança e facilidade para o público.

Invista em métodos como cartão de crédito, boleto, Pix e carteiras digitais, que são os mais populares entre os consumidores. É importante ter essa diversidade, pois cada cliente tem preferência por um método, e não ter ele disponível é um dos maiores motivos de abandono de carrinho.

E-commerce ou marketplace?

Esse processo é bastante pessoal. Isso porque, ao optar por fazer parte de um marketplace, muitas ações importantes, como segurança, investimento e visibilidade pesam e não dependem de você. 

Logo, um marketplace pode parecer a melhor opção. Por outro lado, quem tem um sonho de ter um negócio próprio deseja também independência, uma questão em destaque no modelo de e-commerce. 

Sendo assim, você precisa analisar essas variáveis com profundidade e verificar se elas se alinham com seus objetivos. 

Independentemente de qual seja sua escolha, é dever tanto de um site próprio como de um marketplace, apresentar um bom sistema de pagamento, que garanta a segurança das transações, ofereça diversos métodos de pagamento e que o proteja contra fraudes.